quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como Será a Vida no "Paraíso" das TJ's?



"A destilaria, a cervejaria, o bar, o bordel, a casa lotérica, todos os negócios de 'passa-tempo'  e corruptores do caráter serão fechados... similarmente, a construção de vasos de guerra, a manufatura de munições de guerra e defesa cessarão, e os exércitos serão dispersos. O Novo Reino não terá necessidade destes, mas terá poder abundante para executar justiça sumária na punição de malfeitores... Os bancos e os negócios de corretagem... muito úteis nas condições presentes, não mais terão lugar;... e o capital privado e o dinheiro para emprestar ou para ser procurado serão coisas do passado. Proprietários e imobiliárias também encontrarão novo trabalho, pois o novo Rei não reconhecerá escrituras ou patentes agora registradas... com as conveniências atuais, se todas as pessoas fossem postas para trabalhar sistemática e sabiamente, não mais do que três horas de labuta para cada indivíduo seriam necessárias."
- Estudos das Escrituras IV, 1897, pp. 633-635  (em inglês)
 
"Você disporá dos serviços dos melhores decoradores que há. Alguns deles costumavam ser agentes funerários; mas, visto que não há mais pessoas morrendo, eles terão sido obrigados a procurar uma nova ocupação. Sua experiência como agentes funerários os preparou para tornarem-se decoradores com pouquíssima dificuldade."
- O Caminho para o Paraíso, 1924, p. 228 (em inglês)

"Gravidade negativa... nova descoberta... Muitos ficam imaginando como os acidentes serão evitados durante o reinado de Cristo. A Maioria dos acidentes se deve à gravidade e seus efeitos. Cair de aviões pode ser evitado por um dispositivo individual de gravidade negativa."
A Idade de Ouro de 24/3/1926, p. 404 (em inglês)

"No Novo Mundo, Abraão pode ser o governante da cidade de Nova IorqueIsaque talvez seja o governante de Chicago e talvez Jacó seja colocado em Londres. Seu sogro, Labão, era um diplomata... Muito brevemente, nós cremos, Abraão retornará da sepultura."
A Idade de Ouro de 5/10/1927, pp. 26 e 29  (em inglês)

 Comentário:

     A visão russellita do paraíso é sui generis se comparada à esperança da maioria das religiões - cristãs ou não-cristãs - as quais pregam a bem-aventurança celestial. Russell propõe um mundo abstêmio (uma espécie de 'lei seca'), sem propriedades particulares, sem dinheiro, sem fronteiras, sem exército ou polícia e com julgamentos sumários. Seus sucessores foram mais longe, introduzindo uma roupagem de ficção científica. A imaginação "ganhou asas" numa odisséia verdadeiramente pitoresca e muitos milhares compartilharam este delírio. Tal mundo visionário - reconstituído com tantas minúcias - teve seu ponto de partida, provavelmente, na associação de Russell com adventistas, como George Storrs e outros que criam num paraíso material na terra. Com o passar do tempo, a Sociedade Torre de Vigia - percebendo o potencial deste recurso em arrebanhar novos adeptos - buscou tornar tal mundo imaginário cada vez mais atraente aos olhos dos prospectivos membros, enriquecendo-o com cores e sofisticação. Evidentemente, na falta de apoio bíblico incontestável para essa doutrina e na ausência de detalhes das condições nesse mundo onírico, recriá-lo é uma tarefa que vaga ao sabor das aspirações, da cultura e dos objetivos de quem o concebe. É interessante como, até certo ponto, o modelo inicial de Russell aproxima-se bastante do ideal socialista de Karl Marx - "de cada um, conforme sua capacidade; a cada um, conforme sua necessidade".

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Glossário das Testemunhas de Jeová



A.E.C - Antes da Era Comum. Muitos devem estranhar porque as literaturas da Sociedade Torre de Vigia não usam o termo histórico/secular A.C (Antes de Cristo). Na verdade, por serem tão ferrenhamente apegados a verdade, acham que se usassem a designação A.C estariam incorrendo numa mentira. Todos nós sabemos que Cristo não nasceu no ano 0 (zero) do nosso calendário, mas que há uma diferença que alguns dizem ser de 3 (três) e outros de 5 (cinco) anos. Assim, dizer que tal evento ocorreu X anos antes de Cristo é, segundo a ótica das testemunhas, incorrer numa mentira. Assim, eles usam o termo A.E.C (Antes da Era Comum) o qual, com toda certeza, é um termo coerente com a verdade.
Ancião - Um dos líderes de uma congregação das testemunhas de Jeová. Seria o equivalente ao pastor ou padre em uma igreja convencional. Numa congregação sempre existe um ancião presidente (uma espécie de pastor dirigente) e os demais anciãos (como que pastores auxiliares) que formam o corpo de anciãos da congregação (igreja). Entretanto, o ancião presidente não tem nenhuma proeminência frente aos demais. Trata-se apenas de uma designação de que ele possui algumas responsabilidades singulares no exercício de sua função. Tais pessoas não são remuneradas pelo que fazem, significando que todos os que exercem tal cargo tem empregos seculares como qualquer outra pessoa normal.
Apóstata - Pessoa que se "afastou de Jeová" ou apostatou do "ensino da verdade". O termo teria aplicação para qualquer pessoa que foi testemunha de Jeová e deixou de ser por livre e espontânea vontade, além dos que foram expulsos e não voltaram, e que hoje criticam os "ungidos" de Deus e seus ensinamentos. Também é usado para aqueles que nunca foram testemunhas de Jeová e que criticam ferrenhamente os seus ensinos.
Armagedom - Para as testemunhas de Jeová, o armagedom não é a reunião das nações para a batalha final, conforme nos descreve Apocalipse. É, na ótica delas, a grande guerra do Deus Todo-Poderoso contra as nações e os ímpios. Será uma guerra celestial contra o mundo (ou sistema de coisas), em escala global. Será neste dia que Deus vingará toda a iniqüidade praticada pelos homens e destruirá praticamente toda a humanidade - os únicos sobreviventes serão as testemunhas de Jeová, é claro.
Babilônia, a Grande -  Qualquer outro grupo religioso que não seja o das testemunhas de Jeová. Para elas, qualquer grupo religioso fora o delas é parte do "império mundial da religião falsa" descrito em apocalipse, e por conseqüência dirigido pelo diabo. Assim, no pensamento das testemunhas de Jeová, o catolicismo, protestantismo, islamismo, hinduísmo, etc seriam todas organizações dirigidas por satanás e seus demônios.

Corpo Governante - Grupo composto atualmente (2002) por 10 (dez) homens que são tidos como "ungidos" por Jeová com seu espírito santo (em minúsculo porque eles não acreditam que o Espírito Santo seja uma pessoa) para dirigir a sociedade torre de vigia e as testemunhas de Jeová. Tais pessoas literalmente exercem o direito de livre arbítrio das testemunhas, "aconselhando" (diga-se melhor: obrigando) as pessoas sobre o que elas devem ou não fazer de suas vidas com relação a diversas situações do cotidiano (se devem saldar a bandeira, cantar o hino nacional, se devem comemorar aniversários, natal, etc). Em suma, tal "corpo governante" é hoje o representante de Deus na terra, tal como o papa o é para os católicos romanos. Por esta razão, na ótica das testemunhas, que acreditam que tais homens são de fato tudo isso que eles se auto-atribuem, desobedecer tais homens é o mesmo que desobedecer a o próprio Deus, e rejeitá-los é como abandonar o próprio Jeová.
E.C - Era Comum. O mesmo que D.C (Depois de Cristo) ou A.D (Ano Domini). Favor ver a explicação de A.E.C.
Escravo Fiel e Discreto - Confunde-se muito com o "Corpo Governante". São, na verdade, os cérebros da seita, homens que fazem as publicações da Sociedade Torre de Vigia. Diz-se que o "escravo fiel e discreto" alimenta o povo de Jeová no tempo apropriado, fazendo alusão a o alimento espiritual e o escravo (em algumas traduções: mordomo) descritos em Lucas 12:42. Detalhe: o tal escravo não seria todo e qualquer ministro de cristo, mas apenas alguns privilegiados que teriam a responsabilidade de dar a todos os demais as "instruções de Jeová" e o alimento espiritual para o "seu povo" (na verdade, para as testemunhas de Jeová).
Escrituras Hebraicas - O mesmo que "Velho Testamento". Cabe aqui um comentário apropriado. É verdade que a palavra "Testamento", usada para dividir os livros da bíblia pela maioria dos cristãos, é fruto de uma tradução incorreta dos termos citados por Paulo em Gálatas 3:15-17, que seriam melhor traduzidos por "Aliança". Esta visão é quase uma unanimidade entre os eruditos bíblicos. Mas não é por isto que vamos criar uma "birra" diante de uma bobagem e não chamarmos as divisões da bíblia de "Velho Testamento" e "Novo Testamento", achando que com isso estaremos cometendo algum tipo de pecado. Isto é discussão vã que só causa divisão.
Escrituras Gregas - O mesmo que "Novo Testamento". Ver comentário em "Escrituras Hebraicas" logo acima.
Grande Multidão (ou outras ovelhas) - O grupo entre as testemunhas de Jeová que tem a esperança de viver em carne no paraíso reestabelecido nesta terra. Desde 1935, foi fechada a porta do céu para as testemunhas, e as que hoje ingressam no movimento tem de se contentar em viver na terra com um corpo físico limitado, porém "perfeito" (perfeição parcial, pois se pecarem ao longo de sua vida eterna podem ser exterminados para sempre - aniquilados). Constituem pelo menos 99,9% dos adeptos da seita. Isto certamente é uma idéia muito estranha para cristãos de todas as correntes. As testemunhas fizeram esta heresia interpretando que Jesus falou em João 10:16 que tinha outras ovelhas que não eram do aprisco celestial. Todo cristão com um mínimo de bom senso sabe que Cristo falava dos judeus (as ovelhas do aprisco) e dos gentios (as outras ovelhas). No entanto, o então presidente da STV, Joseph Rutherford, decidiu atribuir a Cristo o que Ele em momento algum falou, que as outras ovelhas seriam os que herdariam a terra. Apocalipse 19:1 e 7:9-15 nos mostra com certeza total que a grande multidão está no céu, e outros textos mostram que os ressuscitados serão como os anjos do céu (Marcos 12:25, Mateus 22:30).

Publicador - Testemunha de Jeová ou estudante que faz o trabalho de proselitismo religioso conhecido como serviço de campo.
Pioneiro - Um publicador ativo das Testemunhas de Jeová, que assina com a congregação um compromisso formal de pregar um número específico de horas por mês. Subdividem-se em:
  • Pioneiro auxiliar – as reuniões semanais, principalmente no meio de semana, incentivam o trabalho de campo, a divulgação de casa em casa. Também são incentivados a serem pioneiros auxiliares pelo menos uma vez por ano, no período de férias secular. Mesmo os que têm responsabilidade com trabalho secular poderão dedicar apenas um mês neste serviço sagrado. Isto custará cerca de duas horas por dia, totalizando 50 horas de pregação naquele mês.
  • Pioneiro regular – 70 horas mensais. Para ser um pioneiro regular o candidato fará uma petição de serviço para um ano.
  • Pioneiro especial – é designado a uma região que não tenha expressividade de seus adeptos, ou para uma cidade que ainda não tenha Testemunhas de Jeová. Geralmente serve como ancião em sua designação, tendo que relatar à Sociedade Torre de Vigia mensalmente suas atividades. Precisa divulgar 120 horas durante o mês.
Publicações - Quando uma testemunha de Jeová usa este termo, geralmente está fazendo menção das revistas, livros e brochuras publicados pela Sociedade Torre de Vigia.
Reunião - Termo empregado para denotar o ajuntamento das testemunhas de Jeová em sua congregação. Não podemos de forma alguma aqui colocar a palavra "Culto", pois as testemunhas dificilmente cultuam (adoram) seu Deus como nós o fazemos. Suas "reuniões" são sempre focadas em estudos das doutrinas da Torre de Vigia, bem como as técnicas para abordar as pessoas no serviço de campo. O único momento que poderia ser considerado de culto está nos dois cânticos realizados durante as reuniões, sempre acompanhados por um disco (CD) fornecido pela sociedade torre de vigia, cantadas com o cancioneiro da torre de vigia e com músicas estabelecidas pela torre de vigia. É uma manobra total do "culto" (se é que podemos chamá-lo assim). Posso dizer que os cânticos são mera formalidade, pois são em sua grande maioria mornos e sem sentido de adoração a Deus.
Salão do reino - Local onde se reúnem as testemunhas de Jeová. O termo "igreja" nunca é usado por elas, pois se identifica muito mais com as denominações da "cristandade" (para eles, cristandade é o grupo de religiões pseudo-cristãs). Vê-se por esta coisa banal que as testemunhas de Jeová tem a doença de quererem ser diferentes de tudo e de todos, a todo o custo, inclusive em coisas simples como a terminologia usada. No entanto, a verdadeira razão para o termo mostra a união das testemunhas com um grupo reconhecidamente envolvido com coisas ocultas: a maçonaria. É verdade que hoje não existe tal união, mas foi fruto do envolvimento direto de seu fundador, Charles Taze Russel, com a maçonaria. As primeiras reuniões dos então "estudantes da bíblia" (como eram conhecidas as primeiras testemunhas) foram realizadas em lojas maçônicas. Porém, nos Estados Unidos uma loja maçônica chama-se de salão maçom (Masonri Hall), e daí provém o nome salão do reino (Kingdom Hall).
Serviço de Campo - Trabalho de proselitismo religioso que consiste em tentar "converter" os ouvintes às doutrinas das testemunhas. É feito tanto na forma de venda (eles chamam de colocação) das revistas, brochuras e livros da organização das testemunhas de Jeová como em pregação "apenas com a bíblia" (usando textos distorcidos e fora do contexto). O objetivo, independente do método empregado é um só: iniciar um "estudo da bíblia", com uma duração de pelo menos 6 meses (tempo suficiente para a lavagem cerebral) com o propenso estudante e depois ir gradativamente levando o mesmo para as reuniões nos salões do reino. Toda testemunha tem de fazer tal trabalho, pois se não faz corre o risco de não ser salvo no armagedom. Os que fazem são conhecidos como publicadores.
Servo Ministerial - O mesmo que diácono.
Sinceros - Para as testemunhas, esta palavra tem um significado diferente do original. Todas as vezes que vemos a expressão "os sinceros" em suas publicações, geralmente está se referindo àqueles que ouvem e aceitam a pregação das testemunhas de Jeová. Qualquer outra pessoa que não se enquadre nesta situação é chamada de "duro de coração".
Sistema de coisas - O mesmo que a expressão "mundo apartado de Deus", sendo que na verdade significaria mais apropriadamente "mundo apartado da organização das TJ's".
S.T.V (Sociedade Torre de Vigia) - A organização, ou pessoa jurídica devidamente registrada perante as autoridades de um país, que imprime e distribui todas as publicações das testemunhas de Jeová. É sinônimo, para elas, de "organização de Jeová" e por vezes sinônimo do próprio Jeová. Também é usado com o mesmo sentido dos termos "corpo governante" e "escravo fiel e discreto".
Superintendente - O equivalente ao termo traduzido por bispo. Sendo que a sua função é a de coordenar um grupo de congregações. Pode ser superintendente de circuito (que reúne umas 24 congregações) como de distrito (que reúne um grupo de circuitos). Veja a divisão detalhada:
  • Superintendente de cidade - Ancião responsável por uma cidade, cuida de assuntos técnicos como problemas com locais para realização de reuniões de congressos e assembléias.
  • Superintendente de circuito - Ancião responsável por um circuito de cerca de 24 congregações.
  • Superintendente de distrito - Ancião responsável por vários circuitos.
  • Superintendente de filial - Ancião responsável pela gráfica (em cada país).
  • Superintendente de zona - Representante do corpo governante que visita um país.
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas  - Esta é a bíblia oficial das testemunhas de Jeová, que é igual às demais bíblias existentes com relação ao número de livros (66), divisão de capítulos e versículos e etc. Entretanto, existem internamente nesta bíblia (que eles chamam de Escrituras Sagradas) grandes diferenças em relação às demais. Por exemplo, no Velho Testamento (chamado por eles de Escrituras Hebraicas) o nome Jeová é usado em todos os lugares onde a palavra SENHOR é usada em muitas traduções. Não quero aqui criticar o uso do nome divino no velho testamento. Temos que ser coerentes com a verdade e afirmar que restaurar o nome - muito embora com uma transliteração errrada (a mais correta seria Javé) - ao Velho Testamento é se apegar fielmente aos escritos originais. Entretanto, eles exageraram na dose. Se fossemos de fato restaurar o NOME no número de vezes que Ele foi encontrado nos originais, teríamos que fazer isto 2.229 vezes. Na bíblia da Torre de Vigia vemos o nome repetido quase 7.000 vezes. Até mesmo no Novo Testamento (ou como eles chamam: Escrituras Gregas), onde nenhum original disponível até hoje tem sequer a menção do NOME que os Israelitas se referiram ao Deus Todo-Poderoso, os senhores da equipe de "Tradução do Novo Mundo" inseriram o NOME onde acharam que seria apropriado. Em outras palavras, eles escolheram ao seu bel prazer onde deveriam colocar o nome Jeová na nova aliança. Afora isto, eles também fizeram todos os esforços possíveis e imagináveis para tirar qualquer traço da divindade de Jesus no Novo Testamento, e onde foi possível (e até em lugares onde não era possível) eles traduziram alguns textos de forma tendenciosa, para se conformar com suas doutrinas. Em suma: é uma versão da bíblia completamente distorcida e tendenciosa aos dogmas e doutrinas da Sociedade Torre de Vigia. Os cristãos fazem bem em ter uma cópia para poderem refutar as testemunhas em sua própria bíblia onde é possível fazer isto.
T.J - O mesmo que "testemunhas de Jeová".
Ungidos (ou 144.000) - São o "grupo seleto de homens" que tem uma relação direta com Jeová através de Jesus e que tem esperança de vida celestial. Os demais (a ampla maioria das TJ's - cerca de 99,99%) não tem uma relação com Deus, nem tampouco Cristo é o seu mediador pessoal, e além disso tem esperança de viver na terra. Para serem salvos, o restante não só deve obedecer os "irmãos de Cristo" (os ungidos ou 144.000), como também estar junto com eles, pois a salvação longe de tal "categoria seleta" de homens não é possível (ver o artigo deste site: o mediador das TJ's). 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Observações Astronômicas


A fonte mais segura de datas absolutas vem de uma inscrição contemporânea com observações astronômicas. Os Babilônios colocaram, como muitos outros povos, muita ênfase em astrologia, e eles observaram cuidadosamente os fenômenos celestiais e escreveram a colocação exata dos planetas relativos para o zodíaco. Estas inscrições eram datadas precisamente ao reinado de um rei. Muitas de tais observações podem ser encontradas em inscrições separadas, formando uma "impressão digital" sem igual durante um ano, visto que as observações possivelmente não poderiam acontecer em nenhuma outra data por milhares de anos em qualquer direção. Astrônomos hoje podem calcular o fenômeno astronômico descrito nas inscrições astronômicas com precisão, e verificarão que é impossível que estas observações sejam falsas ou que possam se aplicar a qualquer outro ano.
Assim, a única chance para uma inscrição com observações astronômicas corretas ser " falsa", é ter sido datada erroneamente. Visto que a cronologia da STV está consistentemente com vinte anos perdidos, os registros astronômicos contemporâneos teriam de estar datados errados por vinte anos. Pode alguém imaginar os astrólogos e cronistas pela era neobabilonica fazerem tal coisa? O trabalho envolvido em forjar apenas uma destas tábuas astronômicas é enorme, considerando que eles mencionam numerosas datas e eventos na vida de um rei, e apenas uma mudança nas próprias observações ou nas datas fariam destas observações inajustáveis em qualquer constelação ou em fenômenos astronômicos na história conhecida.
A Sociedade Torre de Vigia acha que tais cálculos astronômicos são extremamente fidedignos:
"Certa tabuinha babilônica de argila é util para relacionar a cronologia babilônica com a cronologia bíblica. Esta tabuinha contém a seguinte informação astronômica sobre o sétimo ano de Cambises II, filho de Ciro II: "Ano 7, tamuz, noite 14, 1 2/3 hora dupla [três horas e vinte minutos] após o cair da noite, um eclipse lunar visível no seu trajeto inteiro; abrangeu a parte setentrional do disco [da lua]. Tabete, noite 14, duas e meia horas duplas [cinco horas] à noite, antes da madrugada [na última parte da noite], o disco da lua ficou eclipsado; o trajeto inteiro visível; o eclipse atingiu as partes meridional e setentrional." (Inschriften von Cambyses, König von Babylon [Incrições de Cambises, Rei de babilônia], de J. N. Strassmaier, Leipzig, 1890, Nº. 400, linhas 45-48; Sternkunde und Sterndienst in Babel [Astronomias e Veneração das Estrelas em Babel], de F. X. Kugler, Münster, 1907, Vol. I, pp. 70, 71). Estes dois eclipses lunares podem ser identificados com os eclipses lunares visíveis em Babilônia em 16 de Julho de 523AEC e em 10 de Janeiro de 522AEC. (Canon of Eclipses [Canon de eclipses], de Oppolzer, traduzido para o inglês por O.Gingerich, 1962, p. 335). De modo que esta tabuinha especifica o sétimo ano de Cambises II como tendo início na primavera setentrional de 523AEC. Esta data é confirmada pela astronomia. (it-1, p607 - O grifo é nosso).
Esta data astronomicamente confirmada deve permanecer acima de qualquer dúvida. Sem isto, a data-chave da STV, 539 AC para a queda de Babilônia para Ciro, não teria de fato nenhum fundamento. Nós não temos nenhuma dúvida quanto a isto. Mas a STV é grotescamente desonesta quando aceita este pedaço de evidência como definitiva e sem dúvida, e então descartam exatamente o mesmo tipo de evidência, durante a era Neo-babilônica. Como nós veremos, a evidência astronômica para cronologia Neo-babilônica é ainda mais direta e até mesmo mais forte.
Um amplo diário astronômico, VAT 4956, datado no 37º ano de Nabucodonosor, dá observações definidas que não pode se ajustar a nenhum outro ano além de 568 AC. Isto está além de qualquer dúvida; nem um único ano por milhares de anos antes ou depois dele pode se ajustar a toda evidência, e a chance de observações fabricadas que por acidente se ajustam a este ano nem vale a pena se considerar. Considerando que a Bíblia estabelece que Jerusalém caiu no 19º ano de Nabucodonosor (Jeremias 52:12; 2 Reis 25:1-4; 2. Cron 26:11,19), isto certamente deve ter acontecido em 587/6 AC, e com certeza não 20 anos mais cedo.
A STV não pode aceitar isto. Eles tentam desacreditar este diário:
"VAT 4956: Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece informações astronômicas datando até 568 A.E.C. Diz que as observações eram desde o 37º ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que coloca seu 18º ano de reinado em 587/6 A.E.C. todavia, essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita no terceiro século A.E.C, de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida". (kc, p 186)
Esta é realmente uma cópia, mas de forma alguma é "possível" que a informação histórica seja o que foi aceito neste místico "período selêucida" o qual vemos novamente sendo assumido como um período duvidoso para falsificação extensa de evidencias cronológicas. O copista não adicionou informação, o que fica evidente pelo fato de que nos dois lugares onde a tabuinha está danificada, o copista inseriu as palavras "rompidas, apagadas". Isto mostra quão extremamente improvavelmente seria para o copista inserir alguns detalhes cronológicos "aceitos" posterioremente. Também, há aproximadamente quarenta datas no texto, e deveria estar além de consideração que um copista que é tão consciencioso que chega a indicar onde a fonte original é ilegível, estaria ocupado em falsificação indiscriminada por inserir o nome de um rei que estava morto em 568 AC num registro histórico.
Isto está até mesmo fora de discussão, pois bem recentemente o diário astronômico nomeado BM 32312 foi descoberto. Ele contém observações astronômicas exatas de 652/51. Aqui, nenhum copista poderia ter feito qualquer mudança à data, porque o diário está quebrado! Porém, a tabuinha menciona a batalha de Hirite no "mês 12, dia 27" onde o Rei de Babilônia estava envolvido. E um diário mais famoso, a crônica de Aquito, declara que esta data ocorreu no 16º ano de rei o reinado de Samas-sum-iuquim (667-648 AC). Assim, nós temos uma recente e independente confirmação, incluindo duas sólidas peças de evidência, que a cronologia estabelecida da era Neo-babilônica está correta. Como uma curiosidade a mais, podemos acrescentar que este texto babilônico nos informa que o rei de Babilônia perdeu esta batalha, minando seriamente as reinvindicações da STV que os cronistas babilônicos eram desonestos.
O que nós vimos, é que a STV aceita a evidência que apoia a sua cronologia, enquanto rejeita o mesmo tipo de evidência quando contradiz as idéias deles. Além disso, a tabuinha do reinado de Cambises II só estabelece indiretamente a data para conquista de Babilônia por Ciro, por consultar listas régias a fim de descobrir quanto tempo Ciro reinou e que ele foi sucedido pelo seu filho Cambises II em 529 AC. Por outro lado, VAT4956 estabelece o reinado de Nabucodonosor diretamente, e uma pessoa que não se permitirá duvidar da cronologia Bíblica, possivelmente não poderá rejeitar isto. Então, se a STV estivesse correta quando afirmaram que a Bíblia declarou 70 anos desde a queda de Jerusalém até o retorno dos judeus (o qual, como nós vimos, não está!), eles teriam que negar 539, e não 587/6. Então, é claro, eles perderiam 607 como uma data chave, e seria ingênuo acreditar que toda esta distorção da evidência pela STV é por qualquer outra razão alem de mater a data de 607, novamente salvando 1914.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Este Mundo Jaz No Maligno e Está Indo Para o Abismo

    

                                                                                                                                                      São pessoas que Deus também ama, de todas as religiões e seitas. Elas precisam ouvir o verdadeiro
Evangelho de Jesus Cristo, que é poder para salvação de todos os que crêem. Não podemos passar de largo e discriminá-las. Elas precisam também ser alertadas sobre o propósito do inimigo de nossas almas, que é matar, roubar e destruir. Este mundo em que vivemos é apenas uma pequena passagem, o que vale é a eternidade - com Deus ou sem Deus.
CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.
QUEM TEM JESUS (O JESUS DA BÍBLIA), TEM A VIDA ETERNA; QUEM NÃO TEM JESUS (O DEUS VERDADEIRO), TEM A MORTE ETERNA.
AMIGO, CRÊ NO SENHOR JESUS , E SERÁ SALVO TU E A TUA CASA.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os 70 Anos Para a Babilônia



Para compensar a riqueza de evidência contra a cronologia deles, a STV apela para alguns textos Biblicos. Venha o teu reino! (kc) página 187-8, diz:
"O profeta Jeremias predisse que os babilônios destruiriam Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8, 9) Ele acrescentou: "E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao rei de Babilônia por setenta anos." (Jeremias 25:11) Os 70 anos expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os judeus e estes voltaram à sua pátria. (2 Crônicas 36:17-23) Cremos que a leitura mais direta de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos contam desde quando os babilônios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de Judá desolada. - Jeremias 52:12-15, 24-27; 36:29-31.
Os 70 anos de Jeremias estão aqui completamente aplicados ao período desde a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor até os judeus serem permitidos voltar de Babilônia para casa. A queda de Babilônia para Ciro foi em 539AC. Isto não está em questão. A STV argumenta que os judeus voltaram para casa em 537AC. Isto é possível, embora 538AC seja um ano mais provável. O que segue então, como argumenta a STV, é que Jerusalém caiu 70 anos antes, em 607AC.
Os setenta anos são um período profético usado por Jeremias, assim, é natural examinar primeiro como esta expressão é usada no seu livro. Como nós vimos acima, a primeira menção está em Jeremias 25:11. Este texto não diz o que a STV alega.
Jer 25:11 "E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao rei de babilônia por setenta anos."
Nós iremos notar imediatamente que Jeremias em nenhum lugar diz que Jerusalém será desolada durante setenta anos. Estes setenta anos eram um tempo de servidão, não desolação. Embora o contexto fale sobre a devastação, os setenta anos somente se aplicam a servidão. O texto citado acima em kc ignora isto completamente. Além disso, a servidão não foi limitada aos Israelitas, "e estas nações " naturalmente incluem muitas, se não todas, as nações da área Siro-Palestina.
O que Jeremias quis dizer com as palavras "setenta anos" ? Naturalmente, a expressão pode se referir a um período exato de 70 anos, ao invés de 71 ou 69 anos. Esta é a maneira que o assunto é entendido pela STV, e é bem possível que este entendimento esteja correto.
Porém, pode da mesma maneira ser um número redondo, aplicado a um período aproximado. Um exemplo é o texto em Salmos 90:10 "Os dias dos nossos anos são em si mesmos setenta anos ". Ninguém irá, baseando-se neste texto, argumentar que a vida de um ser humano é de exatamente setenta anos. Em Isaias 23:15 nós vemos que "setenta anos" são igualados a "os dias de um rei", o que naturalmente é algo aproximado. Este princípio, sendo conhecido por Jeremias, pode simplesmente significar que ele disse que as nações serviriam a Babilônia pela duração de uma vida, aproximadamente setenta anos.
"Estas nações" começaram servindo Nabucodonosor nada mais nada menos que em 605AC, quando - como nós vimos - ele até mesmo levou os prisioneiros e o saque de Jerusalém. Neste ano Nabucodonosor derrotou o faraó Neco (Jeremias 46:2), e as nações daquela área tiveram que pagar tributo ao rei de Babilônia desde aquele ano. O período terminou abruptamente em 539AC, quando a Babilônia caiu para Ciro. Este período de servidão é de sessenta e seis anos, que ninguém pode negar, é de aproximadamente setenta.
É bastante possível, porém, aplicar o começo destes setenta anos, ao ano 609AC, dando exatamente setenta anos. Neste ano, caiu Harã, e o império assírio deu definitivamente espaço para a Babilônia ser o poder dominante desta área. Assim, em 609 o domínio de "estas nações" trocou da Assíria para a Babilônia. Algumas nações se vieram imediatamente sob o poder de Babilônia, e com pouco tempo, outras entraram na mesma condição. [Nota de Rodapé 1]
É claro que não é possível saber exatamente o que Jeremias quis dizer. Porém, note que não importa que interpretação nós escolhamos para os setenta anos, a "leitura mais natural" de Jeremias 25:11 nos dá o término dos setenta anos em 539AC, quando a Babilônia caiu para Ciro. Também, o começo destes anos não tem nada a ver com a queda de Jerusalém, mas com a supremacia de Babilônia.
Jeremias menciona os setenta anos em outro versículo:
Jer 29:10 "Pois assim disse Jeová: 'De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar.'" [NWT]
Neste ponto, a Tradução do Novo Mundo mostra seu tendencialismo para com a interpretação da Sociedade. Há de ser notado, no entanto, que na discussão dos "setenta anos" este é o único lugar onde a STV é controversa.
Com a única exceção da versão King James (ou Versão Autorizada [Authorized Version]) de 1611, e novas traduções derivadas dela, a STV está completamente sozinha em afirmar "em Babilônia" aqui.
Pois em qualquer outra tradução possamos por as mãos, o texto diz "para Babilônia" ou similar:
Jer 29:10 "Pois assim disse o SENHOR: Quando os setenta anos para Babilônia estiverem completados, eu vos visitarei, e irei cumprir para convosco a minha promessa e vos trarei de volta para este lugar ". [RSV - Versão Americana] (Traduzido pelo Irmão Brasileiro)
Carl Olof Jonsson enviou uma carta a vários reconhecidos estudiosos da lígua hebraica na Escandinávia, perguntando qual era o significado exato da expressão hebraica "LeBabel" que ocorre aqui. Sem exceções, eles responderam que a tradução "para Babilônia" estava correta. Estes estudiosos eram Dr. Seth Erlandson em Uppsala, Dr. Hans M. Berstad, Prof. Tryggve Mettinger e Dr. Tor Magnus Amble. Os estudiosos são unânimes nesta pergunta, o que deveria ser óbvio pelo fato de que toda tradução moderna tem este significado.
Fora isso, não é possível de forma alguma, interpretar este texto para que ele signifique que os setenta anos correram da destruição de Jerusalém até Ciro ter livrado os judeus da Babilônia. O contexto deste versículo é que esta passagem é parte de uma carta enviada por Jeremias a esses que foram levados cativos de Jerusalém na segunda (de três) deportações (2. Reis 24:10-17;2. Cron 36:10).
Isto foi dez anos antes da destruição de Jerusalém.
Nesta carta (Jeremias 24:9-11) Jeremias diz aos cativos que eles deveriam fixar residência na Babilônia e que não deveriam esperar um retorno rápido como alguns falsos profetas tinham prediro. Eles ficariam na Babilônia até que os setenta anos "estivessem completados para Babilônia". Só então eles iriam voltar.
Isto só faz sentido se os setenta anos já tivessem começado.
Esta interpretação de Jeremias 29:10 é apoiada pelo Dr. Avigdor Orr:
"O sentido original em hebraico poderia até mesmo ser interpretado assim: 'Depois que os setenta anos (do domínio) de Babilônia estiverem completados, etc. ' Os setenta anos contados aqui evidentemente se referem à Babilônia e não aos Judeus ao seu cativeiro. Isto queria dizer setenta anos de domínio Babilônico, no fim do qual, será visto a redenção dos exílados". [Nota de Rodapé 2]
Se os setenta anos deveriam começar no futuro, dez anos depois Jeremias ter escrito estas palavras, isto significaria que Deus já tinha decidido que Jerusalém seria destruída. Neste caso, as mais recentes advertências de Jeremias não teriam tido nenhuma razão:
Jer 38:17,18 "Jeremias disse então a Zedequias: 'Assim disse Jeová, o Deus dos exércitos, o Deus de Israel: 'Se tu, sem falta, saíres para ir ter com os príncipes do rei de babilônia, então a tua alma certamente continuará a viver e esta mesma cidade não será queimada com fogo, e tu mesmo e os da tua casa certamente continuarão vivendo. Mas, se não saíres para ir ter com os príncipes do rei de babilônia, então esta cidade terá de ser entregue na mão dos caldeus e eles realmente a queimarão com fogo, e tu mesmo não escaparás da sua mão'".
Se Deus já tivesse decidido queimar a cidade dez anos que antes de dizer isto, tal advertência teria sido fútil. O exemplo no livro de Jonas mostra que Deus mudará seus planos quando se deparar com arrependimento.
Nós vimos que Jeremias nunca fala a respeito de setenta anos de devastação para Jerusalém. Nós deveríamos ter isto em mente quando nós examinamos as próximas duas referências onde Daniel e Esdras aplicam estas palavras. Naturalmente, nenhuma interpretação destes textos deveria estar contrária a das palavras do próprio Jeremias.
O profeta o Daniel vivenciou o cumprimento dramático da profecia de Jeremias. Ele possivelmente estava entre os judeus cativos que receberam a carta de Jeremias (Jeremias 29:4-14). Pelo menos ele soube dos conteúdos desta carta, promentendo um retorno à terra santa depois de 70 anos de supremacia babilônica.
Em uma noite em 539 AC, o tempo acabou para o poderoso império babilônico, quando o Rei de Babilônia viu a escrita na parede - literalmente. Daniel interpretou estas escritas misteriosas:
Dan 5:25-28 "E esta é a escrita que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Esta é a interpretação da palavra: MENE: Deus contou os dias do teu reino e acabou com ele. TEQUEL: foste pesado na balança e achado deficiente. PERES: teu reino foi dividido e dado aos medos e aos persas".
Sim, Deus tinha "contado os dias" do reinado babilônico. Exatamente setenta anos depois de eles finalmente derrotarem os assírios, os Medos e os Persas sob o Rei Ciro puseram um fim ao domínio de Babilônia. Daniel conclui: " Naquela mesma noite foi morto Belsazar, o rei Caldeu" (v30).
Não há nenhuma dúvida que isto se refere às profecias anteriores de Jeremias. Esta "contagem de dias" foi claramente revelada com antecedência e não foi mantida em segredo:
Amos 3:7 "Pois o soberano Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado seu assunto confidencial aos seus servos, os profetas".
Note a ordem dos eventos como descritos por Jeremias:
Jer 25:11,12 "E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao rei de babilônia por setenta anos." "E terá de acontecer que, quando tiverem cumprido setenta anos, ajustarei contas com o rei de Babilônia e com aquela nação, é a pronunciação de Jeová.""
Primeiro, os setenta anos tinham que correr, e só então é que o rei de Babilônia seria chamado para o ajuste de contas. De acordo com interpretação da STV, os setenta anos terminaram dois anos depois do "ajuste do contas" do rei . Isto é, como qualquer um pode facilmente notar, uma contradição do texto.
Os judeus que estavam no exílio babilônico, indubitavelmente apreciaram o fim daquele império. Eles souberam que isto teria que acontecer antes que eles pudessem voltar para Jerusalém a fim de reconstruir o templo e a cidade. Então, como Jeremias tinha dito, eles retornariam. Deus tinha prometido que iria "confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar". (29:10)
Isto foi o que Daniel achou quando ele começou a examinar estas profecias imediatamente após a queda de Babilônia:
Dan 9:2 "no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelos livros o número de anos a respeito dos quais viera a haver a palavra de Jeová para Jeremias, o profeta, para se cumprirem as devastações de Jerusalém, a saber, setenta anos" [NWT]
A STV tem usado freqüentemente estas palavras para apoiar a sua interpretação dos setenta anos, isto é, que estes anos eram os anos desde a destruição de Jerusalém até os judeus retornarem. Em algumas traduções (NIV é um exemplo), o teor é inexato e dá a impressão que setenta anos tiveram que passar enquanto Jerusalém estava em ruínas. Porém, a NWT retém de alguma forma o teor um pouco ambíguo do original.
Daniel simplesmente diz que setenta anos tinham que passar antes que as devastações de Jerusalém podessem terminar. Ele não diz que estes setenta anos começaram quando Jerusalém foi destruída. Note esta tradução importante:
Dan 9:2 "no primeiro ano do reinado dele eu, Daniel, estava estudando as escrituras, contando o número de anos - como revelados por Yahweh ao profeta Jeremias - que tinham de passar antes da desolação de Jerusalém chegasse a um fim, a saber, setenta anos." [NJB]
Outra tradução precisa:
Dan 9:2 "no primeiro ano do reinado dele, eu, Daniel, percebi nos livros o número de anos que, de acordo com a palavra do SENHOR para Jeremias o profeta, teriam de passar antes do fim das desolações de Jerusalém, a saber, setenta anos". [RSV]
Note que tanto a RSV e NWT usam plural, "devastações". A STV discute que a devastação de Jerusalém aconteceu quando a cidade foi destruída por Nebucodonosor. Mas Daniel fala a respeito de várias devastações. A Bíblia de Jerusalém usa até mesmo a expressão "as devastações sucessivas de Jerusalém ".
A palavra para "devastação" é chorbah. Ela não significa, como nós veremos, destruição completa. Nós vimos que Nebucodonosor já tinha levado prisioneiros e saque de Jerusalém em 605 AC, no seu ano de ascensão. Todos os anos depois que o exército dele atravessou a terra, sem duvida alguma causando mais destruição, e a Bíblia fala até mesmo a respeito de uma equipe de saqueadores de nações diferentes que causaram assolamento naquele tempo (veja 2 Reis 24:2; Jeremias 35:11).
Se nós olhamos como esta expressão é usada em todos os outros lugares na Bíblia, o argumento da STV cai completamente. O profeta Ezequiel fala sobre "os habitantes destes lugares devastados" (Ezequiel 33:24, 27), e estas palavras foram escritas 10 anos antes da destruição de Jerusalém.
Nós vimos agora que Daniel 9:2 não dá nenhum apoio a interpretação da STV. Primeiro, Daniel em nenhuma parte diz que os setenta anos começaram quando Jerusalém foi finalmente destruída. Segundo, as devastações de Jerusalém começaram muitos anos antes da destruição final em 587 AC.
O versículo final da Bíblia que nós examinaremos com respeito aos setenta anos também se preocupa com a realização da profecia de Jeremias. Novamente, o texto deve ser examinado com as palavras do próprio Jeremias em mente. Esdras o escriba, conclui as crônicas dele sobre os reis de Judá com estas palavras:
2Cron 36:20,21 "além disso, ele levou cativos a Babilônia os que foram deixados pela espada, e eles vieram a ser servos dele e dos seus filhos até o começo do reinado da realeza da Pérsia; para se cumprir a palavra de Jeová pela boca de Jeremias, até que a terra tivesse saldado os seus sábados. Todos os dias em que jazia desolada, guardava o sábado, para cumprir setenta anos."
Novamente, estas palavras podem implicar que a terra foi devastada durante exatamente setenta anos. Como nós vimos acima, as devastações começaram antes da destruição final de Jerusalém, então, de qualquer forma, isto não dá nenhum apoio à interpretação da STV.
Além disso, Esdras não disse que o período de setenta anos correu em paralelo com o período que o país caiu em devastação. Ele simplesmente disse que os setenta anos tiveram que terminar antes do tempo de desolação estivesse finalizado. Isto também se aplica à referência de Esdras aos sábados.
Jeremias não menciona em nenhum lugar anos de sábado em relação aos setenta anos. Esdras sem dúvida se referiu a profecia em Levitico 26:33-35. Esdras não iguala o tempo necessário para pagar integralmente os sábados com os setenta anos. Ele se refere a duas profecias diferentes, e diz que dois períodos tiveram que ser completados antes que os judeus pudessem retornar: o descanso sabático e os setenta anos de supremacia babilônica.
Há dois princípios em relação ao descanso sabático dignos de nota. Se a terra tivesse que descansar durante setenta anos, isto teria que significar que por 490 (7 x 70) anos, os judeus não tinham guardado o sábado. Isto nos leva de volta a 1077 AC (ou 1097AC na cronologia da STV). Isto foi antes do reinado do justo Davi, até mesmo antes de Saulo que foi o primeiro rei. Seria isto provável, que o país não guardou o sábado sagrado durante um único ano durante os reinados de: Saul, Davi, Salomão e Josias ? Por outro lado, usando a cronologia estabelecida (secular), o país estava desolado (neste sentido, não sendo usado para agricultura) durante 50 anos. Isto (7 x 50 anos) nos leva de volta para 937 AC, muito próximo do tempo da divisão do Reino que foi atribuída a falta de fé do rei. Muita ênfase em detalhes nesta profecia tem um valor duvidoso, mas é um fato que vale a pena considerar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Será Que Torre de Vigia Defende a Cronologia Bíbicla?



Como temos visto, a STV alega que eles seguem a bíblia e a defendem contra o criticismo. É isto verdade ? Algumas vezes, mas não neste caso.
Nós notamos que Daniel 1:1 disse que Nabucodonosor levou prisioneiros de Jerusalém no 3º ano de Jeoiaquim (sistema de ano-ascensão).
De acordo com cronologia da Torre de Vigia, isto não é possível.
A enciclopédia Bíblica da Torre de Vigia, Estudo Perspicaz das Escrituras (daqui por diante: it), Volume 2, página 489, afirma:
"Evidentemente, é a este terceiro ano de Jeoiaquim como rei vassalo de Babilônia que Daniel se refere em Daniel 1:1. Não podia ser o terceiro ano do reinado de 11 anos de Jeoiaquim sobre Judá, pois, naquele tempo, Jeoiaquim não era vassalo de Babilônia, mas sim do Faraó Neco, do Egito."
"Evidentemente," eles dizem. Uma pessoa não versada na Bíblia pode achar possível que Daniel se referira a "o terceiro ano" desde um evento específico do reinado do rei. Mas quando nós sabemos que esta era a forma em que o tempo era contado naqueles dias, nós entendemos como isto é extremamente improvável. Para usar um exemplo: É provável que qualquer pessoa vivendo nos nossos dias possa datar o começo de Segunda Guerra Mundial para 1869, simplesmente porque ele achou que a queda de Jerusalém para os romanos era um evento mais interessante para iniciar o começo de nosso calendário ? Se Daniel tivesse feito tal declaração estranha, ele teria sabido que certamente seria mal entendido. Também, Daniel, como muitos outros escritores da Bíblia, usam esta forma de datação freqüentemente (Daniel 7:1; 8:1; 9:1; 10:1; 11:1).
Daniel 2:1 tem a interpretação do profeta para os sonhos de Nabucodonosor no seu 2º ano de reinado. Novamente, a STV tem apelar para uma acrobacia, quando o próprio texto diz "no segundo ano do reinado de Nabucodonosor" o que é algo muito claro.
Este recusa para pôr as escrituras à frente do dogma se torna especialmente complicado no livro "Venha o Teu Reino" (daqui em diante: kc), o qual, no seu apêndice, tenta refutar a crítica contra a cronologia da STV. Na página 188, eles tentam refutar o valor das crônicas babilônicas de Beroso:
"Embora as alegações de Beroso de que Nabucodonosor levou cativos os judeus pelo ano de sua ascensão, não há nenhum documento cuneiforme que apóie isto".
Não é surpreendente ver que em apenas alguns parágrafos depois que a STV se anuncia como o único defensor da Bíblia, eles propositadamente falham em reconhecer que a própria Bíblia, em Daniel, apóia Beroso contra a cronologia da STV?
Estes certamente não são os únicos exemplos. O profeta Zacarias desfere o maior golpe contra a cronologia da STV.
Zac 1:7 "No vigésimo quarto dia do décimo primeiro mês, que é o mês de sebate, no segundo ano de Dario, veio a haver a palavra de Jeová para Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido, o profeta."
Desta vez, a STV concorda com todas as fontes disponíveis que o evento deve ser datado em fevereiro de 519 AC. Afinal de contas, a data de 607 da STV usa o reinado de Ciro como um "ponto de âncora", de modo que, seria tolice negar isto.
O que o profeta Zacarias vê e ouve?
Zac 1:12 "De modo que respondeu o anjo de Jeová e disse: 'Ó Jeová dos exércitos, até quando não terão misericórdia com Jerusalém e com as cidades de Judá, que verberaste por estes setenta anos ?'".
Sim, durante 70 anos, Deus tinha denunciado as cidades de Judá. Isto nos leva a 589AC. De acordo com cronologia a Sociedade, nada de significante aconteceu neste ano. Na cronologia estabelecida, este era o ano em que Nabucodonosor começou a sitiar Jerusalém (2. Reis 25:1; Ezeq 24:1,2; Jer 52:4).
Além disso, teria sido sem sentido para este anjo dizer que as cidades tinham sido denunciadas durante "setenta anos" se este período começou dezoito anos depois da completa destruição da capital! Por outro lado, se este anjo estivesse falando sobre um período de setenta anos de 607 a 537 - como uma TJ argumentará sem nenhuma dúvida - por que o anjo deveria perguntar "até quando"? Estas mesmas palavras demonstram que neste ponto, o período de denúncia não tinha ainda terminado. E visto que eles ainda continuaram, eles devem ter começado com um evento maior em 589AC.
Como se isto não fosse o bastante, depois, Zacarias desfere um golpe até mesmo mais fatal para a cronologia da Sociedade:
Zac 7:1-5 "Além disso, sucedeu no quarto ano de Dario, o rei, que veio a haver a palavra de Jeová para Zacarias, no quarto [dia] do nono mês, [quer dizer,] em quisleu. E Betel passou a enviar Sarezer e Regem-Meleque, e seus homens, para abrandar a face de Jeová, dizendo aos sacerdotes que pertenciam à casa de Jeová dos exércitos, e aos profetas, sim, dizendo: 'Chorarei no quinto mês, observando abstinência, assim como fiz, oh!, por tantos anos ?'. E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová dos exércitos, dizendo: 'Dize a todo o povo da terra e aos sacerdotes: 'Quando jejuastes e houve lamentação no quinto [mês] e no sétimo [mês], e isto por setenta anos, jejuastes realmente para mim, sim, para mim ?'"
A evidência cronológica nestes versículos é surpreendente e dá uma riqueza de informação. Até mesmo a literatura da STV tem que concordar que nestes eventos, claramente marcados na bíblia, os judeus estão lamentando e jejuando. Eles estavam jejuando no quinto mês "a fim de comemorar como naquele dia Nebuzaradã, o guarda-costas chefe de Nabucodonosor, depois de dois dias de inspeção, queimou completamente a cidade de Jerusalém e seu templo," como a STV declarou no seu livro "Paraíso Restabelecido para Humanidade - Pela Teocracia!" (daqui por diante: pm), na página 235. Eles também jejuaram no sétimo mês "para comemorar o assassinato do Governador Gedalias que era da casa real do Rei Davi e a quem Nabucodonosor fez governador da terra para os judeus pobres que foram permitidos permanecer depois da destruição de Jerusalém ". (pm, pág. 235).
Isto deixa a STV com um problema óbvio, visto que eles reivindicam que isto aconteceu em 607 AC. Em Novembro de 518AC, no 4º ano de Dario, quando Zacarias teve esta visão, está 90 anos depois de 607AC. A STV concorda que os setenta anos de lamentação começaram quando Jerusalém foi destruída. O texto Bíblico abaixo mostra tão claramente quanto qualquer outro texto possa fazer, que os setenta anos correram até o ano 518AC. Os Israelitas perguntaram se eles continuariam este jejum. Se eles tivessem parado vinte anos mais cedo, esta pergunta não faria sentido. Também, em Zacarias 1:12, os setenta anos foram chamados "estes setenta anos " ao invés de "aqueles setenta anos" que seria a palavra apropriada se eles terminassem vinte anos mais cedo (em Zac 7:5 RSV diz "durante estes setenta anos ", NIV diz "durante os últimos 70 anos").
Como a STV responde a esta séria objeção contra sua cronologia ? Com respeito ao Anjo em Zacarias capítulo 1, eles dizem:
"Então, o anjo de Jeová quis dizer que aqueles setenta anos ainda não haviam terminado, ou que eles tinham terminado naquele momento ? Isto não pode ser historicamente verdadeiro". (pm [edição americana], pág. 131,; o grifo é nosso)"
Sim, Realmente! Todo historiador e todo comentador da Bíblia, apoiados por milhares de documentos cuneiformes, documentos antigos e inscrições, afirmam que 586/7AC é a data correta para a queda de Jerusalém. Agora, quando o próprio Deus e o Anjo de Deus dizem a mesma coisa pelo profeta Zacarias, a Sociedade Torre de Vigia corajosamente atesta que 'Isto não pode ser historicamente verdadeiro.'
Tais exemplos não deveriam ser necessários para demonstrar até que grau a STV apóia a Bíblia.
Não obstante, vamos examinar os argumentos usados pela STV para estabelecer a data de 607AC.

Tempos dos Gentios - A História de Uma Doutrina


É verdade que Russel tinha 1914 como uma parte importante de sua cronologia. Ele predisse o fim do mundo e o pleno estabelecimento do reino de Deus para esta data. Isto não foi o que aconteceu, mas ainda assim as TJ's argumentam que algo importante aconteceu quando a Primeira Guerra mundial começou.
Que evidência cronológica Charles Taze Russel usou ? Seu argumento cronológico foi completamente emprestado do Adventista Nelson Barbour. Eles tinham uma longa lista de datas, uma das quais era 1914.
Nelson Barbour construiu todos os seus argumentos sobre sua completa cronologia bíblica, a qual colocava a criação de Adão em 4127AC. Barbour (e Russel) pensavam que versículos bíblicos diferentes contendo números eram mensagens "codificadas" de Deus sobre as datas de vários eventos.
Um destas passagens era Daniel capítulo 4. O profeta Daniel aqui diz ao rei Nabucodonosor:
Dan 4:24,25 "E expulsar-te-ão de entre os homens e tua morada virá a ser com os animais do campo, e vegetação é o que te darão para comer, como a touros; e tu mesmo virás a ser molhado pelo orvalho dos céus, e passarão mesmo sete tempos sobre ti, até saberes que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser" [NWT].
Barbour de alguma forma (e as TJ's hoje) interpretam que isto significa mais do que anos (ou "tempos") de insanidade para Nabucodonosor. A expressão em português "tempos" também é usada em traduções de Revelação 12:6, 14. Aqui ela pode ser interpretada como se três tempos e meio sejam iguais a 1260 dias. Um tempo é definido como 360 dias, e sete tempos serão 2520 dias. A STVentão apela para a regra de "ano-dia", baseada em Números 14:34 e Ezequiel 4:6 (que interessantemente não é mais aplicado pela STV para a interpretação de Revelação 12!). para chegar a 2520 anos.
Mas o que durou 2520 anos ? Barbour, sem nenhuma evidência, aplicou isto ao período das palavras de Jesus sobre a queda de Jerusalém, cumprida em 70DC:
Luc 21:24 "e cairão pelo fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações"
Apesar do fato de que as palavras de Jesus "será" nos informa que o início destes "tempos das nações" ou "tempos dos gentios" (maioria das traduções) seria quando Jerusalém cairia no futuro, Barbour argumentou que estes "tempos dos gentios" começaram quando Jerusalém caiu séculos antes, no 19º ano do reinado de Nabucodonosor. (Jeremias 52:12). Quando foi isso ?
Barbour disse que Jerusalém foi destruída em 606AC.
Contando 2520 anos desde 606AC nos dá 1914, certo ?
Errado!
Barbour estava, como Russel, ignorante a respeito de cronologia e história. Quando o calendário que usamos (Juliano, depois melhorado pelo gregoriano) foi criado, não havia ano zero, então 1AC foi seguido de 1DC. 2520 anos de 606AC nos daria 1915, o qual Russel de fato usou ao invés de 1914 por alguns anos. Mas então a primeira Guerra Mundial começou em 1914. Russel tinha predito algo para 1914, e algo tinha de fato acontecido, então Russel pensou que ele tinha estado certo. Russel então "esqueceu" do ano-zero, e mudou a cronologia para 1914 novamente.
Mas cedo ou tarde isto tinha de ser corrigido. Como ? Por mover a destruição de Jerusalém para um ano a frente, de 606 para 607AC. Isto é fácil de fazer no papel!
O livro da Sociedade "Revelação - O seu grandioso clímax está próximo" (1988) cita uma brochura antiga de Barbour na página 105:
"'Foi em 606 AC que terminou o reino de Deus, que se removeu o diadema e toda a terra foi entregue aos gentios. 2.520 anos contados desde 606 AC terminarão em AD 1914 " - The Three Worlds (os três mundos), publicado em 1877, página 83."
Uma nota de rodapé nos informa:
"Providencialmente, estes estudantes da Bíblia não se haviam dado conta de que não existe ano zero entre "AEC" e "EC" (ou "AD"). Mais tarde, quando uma pesquisa feita tornou necessário ajustar 606AC para 607AEC, eliminou-se também o ano zero, de modo que ainda valia a predição de "AD 1914" - Veja "A verdade vos tornará livres", publicado em Português em 1946 e distribuído pela Sociedade Torre de Vigia, página 242'.
Não é isto impressionante ? "Providencialmente" - pela direção de Deus - eles tinham cometido dois erros cancelando ambos.
Que nova "pesquisa" mudou esta data ? Nenhuma, é claro. Se você examinar os livros da STV, você não encontrará evidência alguma para esta nova data.
Esta mudança era necessária para manter a data de 1914, na qual toda a superestrutura doutrinária da Torre de Vigia está baseada.
O fato é que, Jerusalém caiu para os Babilônios em 587 AC, não em 607. A ignorância de Barbour e Russel em cronologia e história deu a STV um tremendo problema. A enciclopédia Britânica (versão on-line), uma fonte sempre usada pela Soceidade diz:
"Em 587/586AC a cidade e o templo foram completamente destruídos por Nabucodonosor, e o cativeiro começou. Ele terminou em 538AC quando Ciro II, o grande, da Pérsia, que tinha derrotado Babilônia, permitiu  aos judeus, liderados por Zerubabel, da linhagem Davidica, retornarem a Jerusalém."
É claro, a STV admitem que eles estão bem sozinhos no mundo dizendo que Jerusalém caiu em 607. Eles argumentam que isto é assim porque somente eles realmente aderem a bíblia acima de fontes "seculares".
A STV, no livro Venha o teu Reino (1981) página 187, diz:
"Os Cristãos, que crêem na bíblia, têm vez após vez encontrado que a palavra dele suporta a prova de muita crítica e tem-se mostrado exata e fidedigna. Reconhecem que, sendo a palavra inspirada de Deus, ela pode ser usada como mediador na avaliação da história e dos conceitos seculares"
Isto pode soar muito belo para um cristão, mas é isto verdade ? Será que a Sociedade Torre de Vigia realmente adere a bíblia por ser "exata e fidedigna" ? Será que eles usam a bíblia como uma varinha de medição ?

sábado, 9 de abril de 2011

Filme Dinamarquês Retrata o Mundo do Salão do Reino

Muitos estranham a maneira como as Testemunhas de Jeová lidam com certos aspectos do seu dia a dia. O mais comentado na mídia é a recusa do sangue, porém vale lembrar que várias outras regras aparecem nesse vasto cardápio de proibições para seus adeptos e são pouco conhecidas da sociedade. Essas particularidades de um grupo que se auto-denomina cristão e que é fechado às influências exteriores são eficazmente analisadas nesse belíssimo filme dinarmaquês indicado para concorrer a uma das vagas para a premiação do Oscar em 2009.
To Verdener ou “Worlds Apart” estreou no festival de filme de Berlim em 2008 e conta a história de Sara Dahl uma adolescente de dezessete anos criada numa família de Testemunhas de Jeová que segue sua rotina de vida e regras normalmente até que reviravoltas acontecem no casamento de seus pais e a mesma se apaixona por um rapaz fora de seu círculo religioso. Ela começa a encontrar um novo mundo e idéias que nunca considerou antes e assim começa a questionar a doutrina que ela aprendeu desde a infância. Até onde a fé pode moldar os sentimentos? Em nome de uma religião as pessoas podem sacrificar laços afetivos com seus parentes passando a tratá-los como desconhecidos? “To Verdener” mostra esse lado desconhecido das Testemunhas de Jeová onde ex-adeptos são tratados como inimigos e nessa batalha obstinada pela afirmação de uma “verdade” a unidade familiar é colocada em segundo plano resultando em dolorosas separações.
http://toverdener.dk/
http://www.forum.clickgratis.com.br/tjlivres/t-2476.html

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Examinai as Escrituras...



Aquilo que nos é dado como verdade bíblica
deve ser investigado ou aceito automaticamente? O que acha?
Ora, o proceder correto não seria provar para si mesmo, com a Bíblia, se aquilo que estudamos é ou não a verdade? As pessoas receptivas da cidade de Beréia foram elogiadas porque examinavam as Escrituras, "cada dia", para ver se aquilo que Paulo e Silas lhes disseram era a verdade:
"Ora, estes últimos eram de mentalidade mais nobre do que os de Tessalônica, pois recebiam a palavra com o maior anelo mental, examinando cuidadosamente as Escrituras, cada dia, quanto a se estas coisas eram assim." - Atos 17:11
Quão profundo era este exame? A revista Despertai! 8/10/91, página 13, explica:
"O exame feito por eles não era superficial. Aqueles judeus bereanos faziam sondagens cuidadosas para confirmar se era verdade aquilo que Paulo e Silas estavam ensinando, à base das Escrituras, sobre Jesus como o Messias há muito prometido."
De modo similar, não é este o proceder razoável a adotar com respeito à mensagem proclamada hoje pelas TJs (Testemunhas de Jeová)? Se você é zelosa TJ, pare e reflita com honestidade: Até que ponto mostro "mentalidade nobre" como os bereanos "fazendo sondagens cuidadosas para confirmar se é verdade aquilo que" ensina os do Corpo Governante (liderança máxima que define todo os ensinos e práticas das Testemunhas de Jeová)? Aquele que faz disso um costume regular na vida é considerado feliz. (Sal. 1:1, 2) Note o que diz o Corpo Governante:
"No que se refere aos ensinos apresentados como verdade bíblica, as Testemunhas endossam fortemente o proceder seguido pelos bereanos... As Testemunhas de Jeová crêem que todos os ensinos religiosos deviam ser submetidos a esta prova, de estar de acordo com as Escrituras inspiradas, quer o ensino seja apresentado por elas, quer por outros. Convidam-no e exortam-no a fazer isso nas suas palestras com elas." - Fonte: Testemunhas de Jeová ― Quem são? Em que crêem?, p. 3.
"Visto que muitas religiões, hoje em dia, não estão fazendo a vontade de Deus, não podemos simplesmente presumir que os ensinos da organização religiosa com que nos associamos estejam em harmonia com a Palavra de Deus. O mero fato de a Bíblia ser usada por uma religião não prova, em si mesmo, que todos os ensinos e práticas dela se baseiem na Bíblia. É importante que nós mesmos examinemos se se baseiam ou não. (...) A religião que é aprovada por Deus tem de concordar em todos os sentidos com a Bíblia; não aceitará certas partes da Bíblia, rejeitando outras partes. — 2 Timóteo 3:16." - Fonte: Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 31.
Se parássemos aqui, o público em geral teria a feliz impressão de que as TJs têm um só pensamento: são 100% favoráveis ao "proceder [investigativo] seguido pelos bereanos". Contudo, a decepção começa quando percebemos quão abrangente é este "endosso".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Torre de Vigia Diz Que Tudo Que Ensina Vem da Bíblia, Mas...

Há alguma Testemunha de Jeová que possa responder as estas perguntas sobre 1914? 

Você pode informar-me, usando as Escrituras, que o Reino messiânico foi estabelecido em 1914, que Jesus obteve o direito legal para se tornar rei nesse ano, e que Jesus voltou invisivelmente em 1914, e que os "últimos dias" começaram esse ano?

 Não existe enciclopédia ou livro de história ou arqueologia que alguma vez tenha mencionado que Nabucodonosor destruiu Jerusalém e o Templo em 607 AEC. Todas as enciclopédias, livros de história e livros sobre arqueologia dizem que isso aconteceu no ano 586/587 AEC.

Se todos os historiadores e arqueólogos estão errados sobre 607 AEC, então como sabemos que eles estão certos em qualquer outra data que a Sociedade Torre de Vigia tenha usado em publicações, como o ano em que Ciro salvou os judeus.
 Por que devemos interpretar um "dia" como um ano "só neste capítulo de Daniel? Se "um dia por um ano" é realmente uma regra bíblica, por que nós não aplicámo-la a todas as profecias de Daniel? Ou todas a profecias da Bíblia?

 Daniel capítulo 4 fala sobre o rei Nabucodonosor e a grande árvore, sendo cortada por sete anos literais. Em seguida, ele será restaurado como rei. Este é o único cumprimento que Bíblia fala. Você pode me mostrar, usando as Escrituras, qual é a evidência ou prova de que existe outro cumprimento?

 Onde diz Bíblia diz em Lucas 21:24 que Jerusalém representa o reino típico de Deus, através desta organização teocrática sobre a terra? Por que não podia Jerusalém em Lucas 21:24 simplesmente significar a cidade de Jerusalém ou cidade hoje?

Onde é que a Bíblia diz que Jesus teria o direito de governar apenas quando o tempo determinado pelas nações foi cumprida?

 Como é que Jesus não tinha o direito legal, se ele era o herdeiro legítimo do rei Davi?

Além disso, após sua morte, ressurreição e ascensão, o Novo Testamento descreve Jesus como sendo já o rei, e o próprio Jesus disse em Mateus 28:18 " Foi me dada toda a autoridade no céu e na terra." Assim se lhe foi dada toda a autoridade a Jesus no ano 33 EC, então como poderia ser dada mais autoridade do que lhe foi dado bem 1914?

 Além disso estão as TJ cientes de que Charles Taze Russell usou as pirâmides no Egipto para ajudar a calcular e confirmar o ano de 1914?

Você sabia que no final dos anos 1800 Russell e seus companheiros estavam pregar que eles seriam arrebatados para o céu em 1914 e que o Armagedom ocorreria apenas depois disso?

 Você está ciente de que no final dos anos 1800, Russell e seus companheiros estavam a ensinar que Jesus tinha voltado invisivelmente em 1874!?