"O campo de um homem rico produziu com abundância. E ele disse: Que farei, pois não tenho onde recolher meus frutos? Farei isto: destruirei meus celeiros e reconstruirei outros maiores para enchê-los... E direi à minha alma: Tens em depósito muitos bens para muitos anos... Descansa, come e bebe, regala-te" (Lucas 12.16-19).
Não há como negar a atualidade e a realidade da Palavra de Deus quando lemos as palavras acima relatadas pelo Senhor Jesus nesse "livro velho" que sempre deixamos de lado, nos esquecendo que "a palavra de Deus permanece eternamente" (1Pedro 1.25).
Quantos de nós, principalmente nestes dias de crise mundial, acumulamos tantos bens materiais, e agarramo-nos com unhas e dentes a tantas coisas banais e perecíveis, perdendo o nosso sono precioso, pensando em como ajuntar ainda mais. Por isso vem tanto egoísmo e avareza, pois "quem ama o dinheiro, jamais dele se farta" (Ecles. 5.10). Em tempo de crise muitos querem ficar ricos da noite pro dia, "aparecer" de qualquer maneira, fazer sucesso seja como for, subir o mais alto que puder, não importando por cima de quem seja. Se faz "qualquer negócio" para enricar, principalmente através da chamada "fezinha" nos jogos lotéricos bancados pelo governo. Mas todos "os que querem ficar ricos caem em tentação e em muitos desejos carnais insensatos e perniciosos, os quais afogam os homens em ruína e perdição" (1Tim. 6.9). Essa é a dura realidade da dureza dos corações que se estribam nas riquezas materiais. O sambista já dizia: "dinheiro na mão é vendaval".
As riquezas materiais sempre mudam o comportamento do ser humano, tanto a maneira de ser como de agir. Quem possui um palacete, um carrão importado e uma gorda conta bancária, sempre muda o caráter. Ouve-se sempre esta máxima: o homem só vale o que tem no bolso. Quer dizer, quem tem o bolso cheio de grana é "diferente" e "importante".
E aí vem o orgulho nas seguintes palavras: "...tenho enriquecido, e adquirido bens; em todos esses meus esforços ninguém achará em mim iniquidade alguma, nada que seja pecado" (Oséias 12.8). Deus sempre fica em segundo plano. Mas Sua advertência não pode ser esquecida: "Não suceda, que depois de teres comido e estiveres farto, depois... de aumentar o teu dinheiro... se eleve o teu coração e te esqueças do Senhor teu Deus" (Deut. 8.12-14). Mas então se abre a boca nas seguintes palavras: "Quem é o Senhor?" (Prov. 30.9). "Não há Deus" (Salmo 14.1).
Podemos até mesmo dizer que somos ateus, mas todos sabemos que há um Deus. Lamentavelmente os "ricos" sempre se tornam auto-suficientes, importantes e "não precisam de salvação" e muito menos de Jesus. Dizem eles: "Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma", e Jesus diz: "Tu és um infeliz, um miserável, pobre, cego e nu" (Apoc. 3.17).
Não, amigo, de maneira nenhuma, a vida não consiste só na abundância de riquezas materiais. Não devemos ficar ansiosos e nem nos "matar" de trabalhar para amontoar riquezas, pois o Deus Todo-Poderoso nos provê de tudo quanto necessitamos (quando trabalhamos honestamente), e nos diz: "Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência" (Prov. 23.4). E também aconselha aos que já ficaram ricos: "que os ricos deste mundo não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos" (1Tim 6.17).
Afinal de contas, "que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" (Mateus 16.26).
Amigo, a maior riqueza do ser humano é o próprio Deus, que tudo nos dá graciosamente. E riqueza alguma poderá redimir a nossa alma, nem nos livrar no dia da ira de Deus. Se nos convertermos dos ídolos ao Deus vivo e verdadeiro, e esperarmos a vinda iminente do Senhor Jesus, este nos livrará da ira futura (1 Tess. 1.9-10).
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