terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Camisa da Alegria



Era uma vez um rei que, apesar de ser muito rico, era triste, pois não conseguia aumentar o seu tesouro.
Ele estava sempre de mal humor e isto causava enormes problemas a todos, pois seus decretos, rudes e injustos, massacravam o povo com exigências descabidas.
Por fim, o rei acabou entrando em depressão. Seus médicos lhe disseram que a única cura para a sua doença era a alegria. O monarca, então, ofereceu um excelente prêmio a quem pudesse lhe trazer a alegria de volta.
Muitos tentaram, mas ninguém conseguiu arrancar um só sorriso da cara do rei. Nada conseguia alegrá-lo. Nem os músicos, nem o bobo da corte, nem as dançarinas, nem os lançadores de enigmas, nem os mímicos, nem os encantadores.

Os amigos do rei resolveram consultar um grande sábio que vivia ali. Ele lhes disse que se o rei vestisse a camisa do homem mais feliz daquele reino, a alegria voltaria ao seu coração.
Iniciou-se, então, uma intensa investigação, para se descobrir quem era o homem mais feliz de todos.

Para surpresa dos investigadores, o homem mais feliz daquele reino morava longe do luxuoso palácio do rei, num casebre muito simples. Ele, sua mulher e seus filhos trabalhavam de sol a sol no cabo da enxada para conseguir se manter, mas, sempre unidos, passavam o dia rindo e cantando.
Os investigadores contaram-lhe o problema que os havia trazido ali e pediram-lhe que ele lhes desse uma de suas camisas, para que a alegria pudesse voltar ao coração do rei. Só então compreenderam porque aquele homem trabalhava na lavoura de peito nú, ele não tinha nenhuma camisa.
Um dos investigadores, espantado, perguntou-lhes como conseguiam ser tão felizes tendo tão pouco, ao contrário do rei, que tinha tanto, mas era infeliz:
- Somos felizes porque o reino de Deus está em nossos corações, respondeu-lhe o homem.

O reino de Deus não consiste
no comer e no beber,
mas na justiça, na paz,
e na alegria no Espírito Santo.
Romanos 14.17

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cachorro Inteligente


Quando aquele açougueiro viu o cachorro entrando em seu estabelecimento, logo o espantou pra fora, mas, em seguida o cachorro voltou. Ao ir espantá-lo novamente notou que ele trazia na boca um bilhete:
"Por favor, envie-me 12 salsichas e um quilo de carneiro, obrigado."Junto com o bilhete havia dinheiro suficiente para pagar o pedido.
O açougueiro pegou o dinheiro e pôs as salsichas e o quilo de carneiro em uma sacola, e colocou-a na boca do cachorro (imaginando que o animal iria comer toda a carne imediatamente, mas, isso não aconteceu).
Impressionado, o açougueiro resolveu seguí-lo. O bicho desceu a rua até o cruzamento, depositou a sacola no chão pulou e apertou o botão para fechar o sinal, esperou pacientemente que o sinal se fechasse, pegou a carne e atravessou a rua indo a uma parada de ônibus.
No ponto de ônibus o cão sentou-se no banco e ficou esperando. Quando o ônibus chegou o cachorro foi até a frente para conferir o número e voltou para o seu lugar.
Outro ônibus chegou ele tornou a olhar. Certificou-se de que era o ônibus certo e entrou.
O açougueiro, sem poder acreditar no que estava vendo, também embarcou.
A certa altura, o cachorro se levantou, ficou em pé sobre as duas patas traseiras e com uma das patas dianteiras apertou o botão para saltar (tudo isso com as compras ainda na boca).
Ao descer do ônibus caminhou pela calçada, parou diante de uma casa modesta, pôs as compras no chão, abriu o portão, entrou, fechou o portão, foi até a porta da frente, ficou novamente em pé sobre as duas patas traseiras e, com a boca, tentou girar uma maçaneta redonda, mas a porta estava chaveada.
Visivelmente apreensivo, apertou a campainha.
Um cara enorme abriu a porta e começou a espancar o cachorro.
O açougueiro gritou com ele:
"Gênio??? Esta é a segunda vez na semana que este cachorro estúpido esquece a chave!"
-"Pelo amor Deus, homem, o que você está fazendo? Esse cachorro é um gênio."
Não te espantes: mesmo que consigas continuamente a exceder todas as expectativas, alguns sempre estarão murmurando contra ti.

"Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revestí-vos do amor, que é o vínculo da perfeição" - Colossenses 3.12.-14.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Bondade Compensa


Tarde da noite, muitos anos atrás, um casal de idade encaminhou-se ao encarregado da portaria no turno da noite, em um hotel de terceira categoria em Filadélfia.

- O senhor teria um quarto onde pudéssemos passar a noite? Já andamos por toda a cidade procurando um lugar onde hospedar-nos, e nada encontramos. Por favor, não nos diga que não tem um quarto onde possamos pernoitar.

- Bem - respondeu o encarregado. - Não tenho um único quarto disponível no hotel, mas podem ficar no meu próprio quarto. Não é tão bom como alguns outros quartos, mas é limpo e para mim será um prazer recebê-los como hóspedes.

- Que Deus o abençoe - suspirou a esposa.
Na manhã seguinte, na hora do desjejum, o marido pediu que um dos garçons chamasse o funcionário da noite. Queria tratar de um assunto importante com ele. Quando este chegou, o marido agradeceu-lhe a bondade e pediu que ele se assentasse.

- Eu sou John Jacob Astor - informou o hóspede. - O senhor é uma pessoa nobre demais para passar o resto de sua vida como porteiro noturno de um hotel de terceira categoria. O que acharia de ser o gerente geral de um grande, belo e luxuoso hotel na cidade de Nova Iorque?
- Isso é maravilhoso demais! - gaguejou o homem.
E assim a bondade de um obscuro funcionário do período noturno de um hotelzinho foi recompensada quando ele se tornou o gerente geral do famoso Hotel Waldorf-Astoria.

Nosso verso faz alusão à hospitalidade demonstrada por Abraão aos três viajantes que na verdade eram anjos. Sim, a bondade compensa. Mas o pagamento nem sempre é recebido nesta vida. Em muitos casos, o dia do pagamento não chegará antes daquele dia em que Jesus dirá: "Vinde, benditos de Meu Pai! entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e Me destes de comer; tive sede e Me destes de beber; era forasteiro e Me hospedastes; estava nu e Me vestistes; enfermo e Me visitastes; preso e fostes ver-Me." (Mateus 25:34-36).
"Ela [Maria] deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-O e O deitou numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lucas 2:7).A insensibilidade e a indiferença não são qualidades confinadas aos tempos antigos. Podem ser vistas em nossos dias também.
No dia 6 de dezembro de 1964, uma jovem senhora deu à luz uma criança na calçada de uma movimentada esquina em Oklahoma, Estados Unidos. Uma multidão de curiosos transeuntes parou para observar, mas ninguém prestou auxílio. Depois de algum tempo, um turista sentiu pena e chamou um táxi, mas o motorista recusou-se a levar a mãe e o bebê ao hospital porque sujariam o veículo. O prestativo turista chamou a polícia. Esta informou que estava ocupada demais, com chamados mais urgentes.

A essa altura, Bob Cunningham, ex-deputado federal, passou ali por acaso e telefonou aos bombeiros para que enviassem uma ambulância. O pedido não foi atendido. Enquanto isso, Cunningham pediu que um espectador buscasse um cobertor no hotel do outro lado da rua, mas também foi em vão. Finalmente, Cunningham colocou a senhora e o bebê em seu próprio carro, levando-os para o hospital.
Essa inacreditável história nos faz pensar no que aconteceu com Jesus e Sua mãe há dois mil anos. Seria possível que tivéssemos expressado a mesma indiferença se fôssemos proprietários de hospedarias em Belém?

Vivemos numa época em que as pessoas são relutantes para envolver-se, especialmente se o "próximo" for um estranho ou indigente. Um exemplo disso ocorreu anos atrás em Nova Iorque. Kitty Genovese retornava ao seu apartamento tarde da noite, quando foi atacada e esfaqueada várias vezes. Pelo menos 38 pessoas ouviram os gritos dela por socorro. Finalmente, alguns levantaram as persianas para ver o que estava acontecendo. Uns poucos gritaram com o agressor, mas ninguém chamou a polícia ou prestou ajuda, e a infeliz moça faleceu.

Quando saímos do caminho para prestar ajuda a alguém necessitado, na verdade o fazemos para Cristo, pois Ele disse: "Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." (Mateus 25:40).
"Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los. Assim eu me torno tudo para todos a fim de poder, de algum modo, salvar alguns". I Cor. 9:22 (BLH).Por volta do ano de 1875, a traineira Gertrude foi apanhada por uma tempestade violenta a uns 65 quilômetros de Lowestoft, na costa da Inglaterra. Cinco homens do mar, bem como tudo o que se movia no convés, foram jogados ao mar. Somente um marinheiro e o cozinheiro do barco permaneceram vivos. A traineira Alfred aventurou-se a chegar perto para ver se podia ajudar. Repetidas vezes os homens do Alfred jogaram cordas para Gertrude, mas cada vez que o faziam, ou elas não alcançavam os sobreviventes, ou estes, paralisados pelo frio, não conseguiam segurá-las.

Anoiteceu. A traineira Alfred manteve contato com o barco à deriva por meio de sinais luminosos. Quando amanheceu, Alfred Freeman, um rapaz de 18 anos e aprendiz de marinheiro, ofereceu-se voluntariamente para ir até à embarcação. Sozinho na furiosa tormenta, ele remou seu barquinho até ao Gertrude e subiu a bordo. Mas a onda seguinte esfacelou o seu barquinho a remo contra o lado de Gertrude. Numa tentativa final e desesperada, a tripulação do Alfred jogou mais uma corda. Freeman conseguiu apanhá-la e os homens foram salvos.
Em inglês há um hino com o título "Lance a Corda Salva-vidas". Alguns acham que o autor comemora, com a letra desse hino, o incidente do resgate do Gertrude pelo Alfred.

Paulo, que escreveu as palavras de nosso verso, viajou muito por mar. A caminho de Roma, seu navio foi apanhado por uma tempestade e afundou. Mas, com tormenta ou sem tormenta, ele testemunhava por seu Senhor. Mesmo enquanto rugia a tempestade, Paulo testificou: "Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas. ... Deus por Sua graça te deu todos quantos navegam contigo. Portanto, senhores, tende bom ânimo; pois eu confio em Deus, que sucederá do modo por que me foi dito." (Atos 27:23-25).Alguns anos atrás, um amigo nosso passou por uma cirurgia em sua mão esquerda, a fim de corrigir uma condição conhecida como contratura de Dupuytren. A cirurgia prejudicou a circulação do sangue naquela mão. Como resultado, ele descobriu que, quando o tempo esfriava, sua mão direita parecia procurar automaticamente a esquerda para aquecê-la.

É esse o tipo de cooperação em nível espiritual de que Paulo está falando em nosso texto. Em várias de suas epístolas, o apóstolo compara a igreja de Cristo a um corpo, e suas várias partes a membros da igreja (ver Rom. 12:4-6; I Cor. 12:13-27 e Efés. 4:11-13).
Aplicando a experiência de nosso amigo à analogia de Paulo, descobrimos que, se observarmos o amor de um membro começando a esfriar (Mateus 24:12), nós que somos espiritualmente saudáveis faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para "aquecê-lo".
"Pedro... ficou cheio de pavor e começou a afundar. "Salve-me, Senhor!" gritou ele. No mesmo instante Jesus estendeu-lhe a mão e o salvou" Mateus 14:29 e 30 (A Bíblia Viva).Muitos anos atrás, a escuna Tomas M. N. Stone afundou ao largo da costa oriental dos Estados Unidos. O Comandante Newcomb e sua tripulação de seis pessoas escaparam num bote salva-vidas. Foram resgatados alguns dias mais tarde pela embarcação África, que os levou a Nova Iorque.

Newcomb registrou uma queixa junto às autoridades da Marinha, declarando que enquanto se encontravam à deriva, um barco a vapor de casco preto e uma só chaminé passara por eles a uns três quilômetros de distância, sem ter parado para prestar socorro. A tripulação do barco tinha obviamente visto o internacionalmente conhecido sinal de perigo (um cobertor preso a um remo), pois o vapor havia tocado três vezes a sua buzina - mas prosseguira sem parar. Disse Newcomb: "Se eu soubesse o nome daquele barco e o de seu capitão, o mundo inteiro ficaria sabendo!"

Nem sempre nos damos conta de que muitos náufragos no mar da vida são ignorados como aquele comandante e sua tripulação.

Por todos os lados, ao nosso redor, há pessoas como aquele rapaz. Necessitam de um amigo. De alguém solícito. De alguém que as leve a Jesus, que nunca deixa de estender a mão para salvar.
"Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos, e não agradar-nos a nós mesmos" (Rom. 15:1).



"Não se esqueçam de ser bondosos com os estranhos, porque alguns que fizeram isso hospedaram anjos sem percebê-lo!" Hebreus 13:2 (A Bíblia Viva).

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Bom Pastor Não Desiste



"Se um homem tiver cem ovelhas, e uma se desviar e se perder, que fará ele? Não deixará as outras noventa e nove, e sairá pelos montes em busca da perdida?" Mat. 18:12 (A Bíblia Viva).


Louis Pasteur, o famoso microbiologista francês que descobriu que a maioria das doenças é causada por germes, dedicou-se à busca do conhecimento. Cria, entretanto, na existência de valores espirituais que transcendem a ciência.

Em 1849, Pasteur casou-se com Marie Laurent, uma de suas assistentes de laboratório. Tiveram cinco filhos. Três morreram na infância. Dezenove anos mais tarde, ele sofreu uma lesão vascular cerebral por excesso de trabalho e ficou parcialmente paralisado.

Quando estourou a guerra franco-prussiana em 1870, o único filho de Pasteur, Jean Batiste, foi convocado para servir seu país e envolveu-se na catastrófica derrota do exército francês em Metz. Depois de semanas sem receber notícias do rapaz, Pasteur deixou seu agora famoso laboratório em Paris e foi procurá-lo. A despeito de sua paralisia parcial, Pasteur seguiu mancando na direção norte à procura do filho. As estradas estavam congestionadas com soldados derrotados e errantes. A jornada foi árdua, mas depois de muitas perguntas Pasteur localizou a unidade de seu filho. Um oficial contou-lhe então a desanimadora notícia: de um grupamento original de 1.200 homens, menos de 300 haviam sobrevivido.

Mas Pasteur não desistiu. Continuou avançando por estradas cheias de cavalos mortos e homens sofrendo de frio enregelante e gangrena. Chegou finalmente ao local onde um soldado estava enrolado até os olhos num sobretudo pesado; mal podia ser reconhecido em seu estado de definhamento. Era Jean Batiste! Pai e filho, comovidos demais para falar, abraçaram-se em silêncio.

Na guerra entre as forças do bem e do mal, muitos filhos, muitas filhas já sofreram derrotas catastróficas nas mãos do inimigo das almas. E muitos, como o filho de Pasteur, mal podem ser reconhecidos por causa dos estragos do pecado.
Alguns cristãos professos, até mesmo pais, talvez creiam que esses filhos errantes se encontrem além da esperança. Mas mesmo que eles se esqueçam (ver Isaías 49:15), o Bom Pastor e os pais fiéis nunca se esquecerão, mesmo que por vezes tenham de administrar um amor severo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

George Whitefield


George Whitefield
"Pregava para as multidões ao ar livre, porque as igrejas na Inglaterra do século 18 não o recebiam"

A partir de 1737, com apenas 23 anos, George Whitefield (1714-1770) assustou a Inglaterra com uma série de sermões que transformaram a sociedade britânica. Atacado pelo clero, pela imprensa e até por uma multidão de insatisfeitos, Whitefield se tomou o pregador mais popular naquela época. Entretanto, antes disso, ele passou por situações muito semelhantes as que experimentam alguns missionários nos dias atuais. Repetidas vezes, ele teve de pregar fora dos portões do templo pelo simples fato de sua pregação apaixonada ser muito distante da usual formalidade dos pastores daquele tempo. Ele chegou a ser agredido em algumas ocasiões. Na cidade de Basingstoke, por exemplo, foi espancado a pauladas. Em Moorfield, destruíram a mesa que lhe servia de púlpito. Em Exeter, durante uma pregação para dez mil pessoas, Whitefield foi apedrejado.
Nada, porém, podia conter aquela mensagem. A influência de Whitefield cresceu de tal forma que ele era capaz de manter atentas 20 mil pessoas, encantadas com seus sermões, por mais de duas horas. Durante 34 anos, a voz de George Whitefield ressoou na Inglaterra e América do Norte. Whitefield era um calvinista firme, de origem metodista. Era um evangelista agressivo que cruzou o Oceano Atlântico 13 vezes a fim de proclamar a salvação também na América. Ele se tornou o pregador favorito dos mineiros de carvão e dos valentões de Londres porque ia até eles em vez de esperá-los dentro das igrejas.
Histórico familiar
No entanto, apesar de sua família não ser convertida ao Evangelho, Whitefield gostava de ler a Bíblia. Alguns historiadores afirmam que ele foi orientado a manter contato com a Escritura Sagrada por alguns clientes que passavam pela estalagem. Outros, no entanto, preferem atribuir o interesse de George pela Palavra a um milagre de Deus. O fato é que, desde cedo, ele demonstrou talento para a oratória. Alguns anos mais tarde, quando estudava no Pembroke College, em Oxford, Whitefield reunia com freqüência pequenos grupos de colegas em seus aposentos com o propósito de orar e estudar a Bíblia. Conta-se que não eram raras as ocasiões em que os presentes recebiam o batismo com o Espírito Santo.
Os biógrafos asseveram que ele dividia seu tempo livre de tal forma a ficar, aproximadamente, oito horas por dia em devoção a Deus. Na época, ainda jovem, trabalhava como garçom em bares noturnos como meio de sobrevivência. Naquele exato período de sua vida, o futuro pregador conheceu John Wesley e foi, então, que começaram a jejuar e a estudar a Bíblia. Whitefiel compilou alguns dos conceitos mais famosos de Wesley, dentre eles: A verdadeira religião é a união da alma com Deus e a formação de Cristo em nós.
Ainda muito cedo, Whitefield teve de voltar para a casa de sua mãe para poder recuperar-se de um problema respiratório que o assolou em todo o seu ministério.
Para não perder o objetivo da obra de Deus, entretanto, George Whitefield montou uma pequena classe de estudos Bíblicos e começou a visitar os pobres e doentes da região. Os membros de sua igreja não ficaram indiferentes aquele talento e, embora fosse norma não consagrar ao pastorado alguém com menos de 23 anos, Whitefield tornou-se ministro do Evangelho aos 21 anos, por insistência daquela igreja. Mesmo antes de cumprir sua determinação pessoal, de escrever cem sermões para, mais tarde, apresentá-los à igreja e pleitear sua ordenação, Whitefied aceitou o desafio.
Suas primeiras pregações como ministro do Evangelho foram tão intensas, que algumas pessoas se assustaram. Os anciões da igreja, no entanto, deram-lhe apoio e ele entendeu, naquele gesto, uma lição que escrevera para a posteridade:
Desejo, todas as vezes que subir ao púlpito, considerar essa oportunidade como a última que me é dada de pregar; e a última dada ao povo para ouvir a Palavra de Deus.
Essa paixão irresistível pela pregação da Palavra é a melhor explicação para alguns fenômenos, ou melhor, milagres espirituais que acompanhariam a carreira ministerial de Whitefield. Em 1750, por exemplo, ele conseguiu reunir dez mil pessoas, diariamente, nas ruas de Londres durante 28 dias, em um evento que, hoje, chamaríamos de cruzadas evangelísticas. Entretanto, a diferença é que ele pregava em uma época em que não havia microfones ou quaisquer outros recursos tecnológicos para ampliar o volume de sua voz. Jornais daquela época registraram que Whitefield podia ser ouvido por mais de 1 km, apesar de seu corpo franzino e de sua voz fraca, por causa dos problemas de saúde. Isso era um milagre de Deus com certeza.
Em outra ocasião, pregando a alguns marinheiros, Whitefield descreveu um navio no olho de um floração. O sermão foi apresentado de maneira tão real, que, no momento em que o pregador descrevia o barco afundando, foi interrompido pelo grito dos marinheiros apavorados com o que consideraram a própria visão do inferno.
Whitefleld, ao contrário do que muitos imaginavam, era um evangelista-missionário. Jamais quis abrir igrejas para levar seus milhares de convertidos. Pelo contrário: ele os orientava a procurarem igrejas locais. Isso porque, dizem seus biógrafos, sua missão evangelística tomava-o de tal forma que não havia nele qualquer interesse na abertura de templos ou em ter conforto. Nas 13 vezes em que realizou cruzadas evangelísticas nos Estados Unidos, Whitefield viajou, a princípio, para colaborar com o orfanato que abrira no estado da Geórgia. Ele adorava pregar para os órfãos e, para muitos deles, Whitefield era a única referência paterna.
Aos 65 anos de idade, já muito doente, Whitefleld ministrou durante duas horas para uma multidão que o esperava em Exeter, Inglaterra. Na mesma noite, partiu para a cidade de Newburysport, a fim de hospedar-se na casa do pastor local. Durante a madrugada, falou ainda com alguns colegas por cerca de 30 minutos e subiu as escadas para o seu dormitório. Lá, morreu, pregando a Palavra de salvação até o último minuto de vida ao seu companheiro de quarto.
Fonte: Revista Graça, ano 2 n.º 21 – Abril/2001 http://www.ongrace.com/
Curiosamente ele, raramente, pregava sem chorar: Vós me censurais por que choro. Mas como posso conter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas almas mortais estarem à beira da destruição? Não sabeis se estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis outra oportunidade de chegar a Cristo, admoestava.
- Whitefield, um pregador fascinante, contrariou todas as teorias "deterministas". Nasceu em uma taberna em que eram servidas bebidas alcoólicas e morreu pregando a Palavra de Deus como um dos mais sérios servos de Deus de toda a História. Seu pai faleceu quando ele ainda era um bebê. Sua mãe se casou novamente, mas a nova união não melhorou as coisas para o pequeno George, que continuava a limpar os quartos, lavar roupas e servir bebidas aos hóspedes da pensão de sua mãe.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Bobo da Corte

 
Era uma vez um bobo da corte, tão bobo, mas tão bobo que o rei resolveu fazer uma brincadeira com ele.
Deu-lhe um bastão de madeira, no qual estava esculpida a seguinte frase: "EU SOU O BOBO MAIS BOBO DO MUNDO"; e ordenou-lhe:
- Bobo, você vai carregar este bastão todos os dias da sua vida, até que encontre alguém mais bobo que você. Quando isso acontecer, passe o bastão para aquele que for mais bobo que você e diga-lhe que eu ordenei que ele faça o mesmo.E o tempo se passou.

As pessoas viam o bobo carregando aquele bastão e zombavam dele. O bobo tentava passar o bastão a todos que encontrava, mas ninguém era tão bobo assim.
Um dia o rei ficou doente e o bobo foi visitá-lo, pois gostava muito dele.




- Pois é, meu amigo. Estou velho e doente; logo vou morrer, disse-lhe o rei.

- Não, meu senhor, o rei nunca morre.
- Como você é bobo, meu amigo. É claro que até o rei morre. É por isso que até hoje você carrega o bastão que lhe dei.
- E para onde o rei vai, depois que morre?
- Não faço a menor idéia, bobo.
- O senhor sabe que vai morrer, mas não sabe para onde vai?
- É isso mesmo, bobo.
- Então, meu senhor, com o devido respeito, esse bastão agora é seu.


Prepara-te, ó Israel,
para te encontrares com o teu Deus.

Amós 4.12
 
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Mentira



Mentir é falar ou dizer algo contrário à verdade; é a expressão e manifestação contrária ao que alguém sabe, crê ou pensa. Pode-se crer na mentira, falar mentira e praticar a mentira. É o engano em seus diferentes aspectos; nocivo ao ser humano e ofensa grave diante de Deus. O diabo é o pai da mentira (João 8:44) e, portanto, a mentira é um instrumento diabólico que o homem usa para sua própria perdição. O mais triste é que o homem ama a mentira, não ama a verdade pois ele é mau por natureza (Romanos 1:25; Apocalipse 22:15).
A juventude, em termos gerais, está sendo arrastada à perdição eterna pelo prazer transitório da inclinação à droga, sexo, etc. Tudo não passa de uma grande mentira; é enganoso, anormal, trazendo prejuízos físicos, morais e espirituais. Tais coisas podem ser definidas como praticar a mentira. Esta prática abrange os mais variados aspectos da mentira como idolatria, homicídio, adultério, fornicação, cobiça, etc.
Falar mentira é um mal muito comum em todos os ambientes e esferas da vida. Algumas pessoas dizem que certas mentiras são benignas, mas isto não é correto. Toda mentira, pequena ou grande, é um instrumento do diabo, portanto é recomendável que o crente não se comprometa com coisa alguma que possa levá-lo a mentir. Todo verdadeiro crente deve tratar tudo de uma forma positiva; na verdade o seu falar deve ser "Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mt. 5:37).
Existe também a mentira doutrinária e a mentira teórica. O espírito do erro nega que Jesus Cristo veio em carne, nega que Cristo é Deus (I João 4:6). Esta é uma mentira doutrinária. A teoria da evolução é uma mentira teórica pois nega a criação, negando assim o Criador que é Deus. Há pessoas que crêem nessas mentiras, e haverá muitíssimos que irão crer na mentira por não terem dado crédito à verdade (II Tessalonicenses 2:10-12).
Quando Adão e Eva pecaram no Éden, o pecado entrou no ser humano; entrou a mentira, o mal e, consequentemente, a morte. "Porque o salário do pecado é a morte", mas graças a Deus que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm. 6:23). Portanto, ao homem agrada, por natureza, crer na mentira; agrada-lhe praticar a mentira e ele até mesmo ama a mentira. Repito, a mentira é prejuízo ao homem e, com todos os seus horrorosos aspectos, o degenera e o leva à perdição. O diabo com seu instrumental de mentira rouba, mata e destrói o homem. Está escrito: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir" (Jo. 10:10). O diabo lançou a sua mentira no mundo: "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (I Jo. 2:16).
Devemos aborrecer a mentira, em qualquer forma que se apresente, e não nos esquecermos que o primeiro pecado grave, pecado de morte, registrado na igreja, foi uma mentira (Atos 5:1-11). Temos que amar a verdade, a qual está em nós, e estará para sempre (II João 1,2). Procuremos praticar a verdade em nossas vidas, crer na verdade, falar a verdade e amar a verdade. Cristo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo. 14:6). "Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros." (Ef. 4:25).