terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Bom Pastor Não Desiste



"Se um homem tiver cem ovelhas, e uma se desviar e se perder, que fará ele? Não deixará as outras noventa e nove, e sairá pelos montes em busca da perdida?" Mat. 18:12 (A Bíblia Viva).


Louis Pasteur, o famoso microbiologista francês que descobriu que a maioria das doenças é causada por germes, dedicou-se à busca do conhecimento. Cria, entretanto, na existência de valores espirituais que transcendem a ciência.

Em 1849, Pasteur casou-se com Marie Laurent, uma de suas assistentes de laboratório. Tiveram cinco filhos. Três morreram na infância. Dezenove anos mais tarde, ele sofreu uma lesão vascular cerebral por excesso de trabalho e ficou parcialmente paralisado.

Quando estourou a guerra franco-prussiana em 1870, o único filho de Pasteur, Jean Batiste, foi convocado para servir seu país e envolveu-se na catastrófica derrota do exército francês em Metz. Depois de semanas sem receber notícias do rapaz, Pasteur deixou seu agora famoso laboratório em Paris e foi procurá-lo. A despeito de sua paralisia parcial, Pasteur seguiu mancando na direção norte à procura do filho. As estradas estavam congestionadas com soldados derrotados e errantes. A jornada foi árdua, mas depois de muitas perguntas Pasteur localizou a unidade de seu filho. Um oficial contou-lhe então a desanimadora notícia: de um grupamento original de 1.200 homens, menos de 300 haviam sobrevivido.

Mas Pasteur não desistiu. Continuou avançando por estradas cheias de cavalos mortos e homens sofrendo de frio enregelante e gangrena. Chegou finalmente ao local onde um soldado estava enrolado até os olhos num sobretudo pesado; mal podia ser reconhecido em seu estado de definhamento. Era Jean Batiste! Pai e filho, comovidos demais para falar, abraçaram-se em silêncio.

Na guerra entre as forças do bem e do mal, muitos filhos, muitas filhas já sofreram derrotas catastróficas nas mãos do inimigo das almas. E muitos, como o filho de Pasteur, mal podem ser reconhecidos por causa dos estragos do pecado.
Alguns cristãos professos, até mesmo pais, talvez creiam que esses filhos errantes se encontrem além da esperança. Mas mesmo que eles se esqueçam (ver Isaías 49:15), o Bom Pastor e os pais fiéis nunca se esquecerão, mesmo que por vezes tenham de administrar um amor severo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

George Whitefield


George Whitefield
"Pregava para as multidões ao ar livre, porque as igrejas na Inglaterra do século 18 não o recebiam"

A partir de 1737, com apenas 23 anos, George Whitefield (1714-1770) assustou a Inglaterra com uma série de sermões que transformaram a sociedade britânica. Atacado pelo clero, pela imprensa e até por uma multidão de insatisfeitos, Whitefield se tomou o pregador mais popular naquela época. Entretanto, antes disso, ele passou por situações muito semelhantes as que experimentam alguns missionários nos dias atuais. Repetidas vezes, ele teve de pregar fora dos portões do templo pelo simples fato de sua pregação apaixonada ser muito distante da usual formalidade dos pastores daquele tempo. Ele chegou a ser agredido em algumas ocasiões. Na cidade de Basingstoke, por exemplo, foi espancado a pauladas. Em Moorfield, destruíram a mesa que lhe servia de púlpito. Em Exeter, durante uma pregação para dez mil pessoas, Whitefield foi apedrejado.
Nada, porém, podia conter aquela mensagem. A influência de Whitefield cresceu de tal forma que ele era capaz de manter atentas 20 mil pessoas, encantadas com seus sermões, por mais de duas horas. Durante 34 anos, a voz de George Whitefield ressoou na Inglaterra e América do Norte. Whitefield era um calvinista firme, de origem metodista. Era um evangelista agressivo que cruzou o Oceano Atlântico 13 vezes a fim de proclamar a salvação também na América. Ele se tornou o pregador favorito dos mineiros de carvão e dos valentões de Londres porque ia até eles em vez de esperá-los dentro das igrejas.
Histórico familiar
No entanto, apesar de sua família não ser convertida ao Evangelho, Whitefield gostava de ler a Bíblia. Alguns historiadores afirmam que ele foi orientado a manter contato com a Escritura Sagrada por alguns clientes que passavam pela estalagem. Outros, no entanto, preferem atribuir o interesse de George pela Palavra a um milagre de Deus. O fato é que, desde cedo, ele demonstrou talento para a oratória. Alguns anos mais tarde, quando estudava no Pembroke College, em Oxford, Whitefield reunia com freqüência pequenos grupos de colegas em seus aposentos com o propósito de orar e estudar a Bíblia. Conta-se que não eram raras as ocasiões em que os presentes recebiam o batismo com o Espírito Santo.
Os biógrafos asseveram que ele dividia seu tempo livre de tal forma a ficar, aproximadamente, oito horas por dia em devoção a Deus. Na época, ainda jovem, trabalhava como garçom em bares noturnos como meio de sobrevivência. Naquele exato período de sua vida, o futuro pregador conheceu John Wesley e foi, então, que começaram a jejuar e a estudar a Bíblia. Whitefiel compilou alguns dos conceitos mais famosos de Wesley, dentre eles: A verdadeira religião é a união da alma com Deus e a formação de Cristo em nós.
Ainda muito cedo, Whitefield teve de voltar para a casa de sua mãe para poder recuperar-se de um problema respiratório que o assolou em todo o seu ministério.
Para não perder o objetivo da obra de Deus, entretanto, George Whitefield montou uma pequena classe de estudos Bíblicos e começou a visitar os pobres e doentes da região. Os membros de sua igreja não ficaram indiferentes aquele talento e, embora fosse norma não consagrar ao pastorado alguém com menos de 23 anos, Whitefield tornou-se ministro do Evangelho aos 21 anos, por insistência daquela igreja. Mesmo antes de cumprir sua determinação pessoal, de escrever cem sermões para, mais tarde, apresentá-los à igreja e pleitear sua ordenação, Whitefied aceitou o desafio.
Suas primeiras pregações como ministro do Evangelho foram tão intensas, que algumas pessoas se assustaram. Os anciões da igreja, no entanto, deram-lhe apoio e ele entendeu, naquele gesto, uma lição que escrevera para a posteridade:
Desejo, todas as vezes que subir ao púlpito, considerar essa oportunidade como a última que me é dada de pregar; e a última dada ao povo para ouvir a Palavra de Deus.
Essa paixão irresistível pela pregação da Palavra é a melhor explicação para alguns fenômenos, ou melhor, milagres espirituais que acompanhariam a carreira ministerial de Whitefield. Em 1750, por exemplo, ele conseguiu reunir dez mil pessoas, diariamente, nas ruas de Londres durante 28 dias, em um evento que, hoje, chamaríamos de cruzadas evangelísticas. Entretanto, a diferença é que ele pregava em uma época em que não havia microfones ou quaisquer outros recursos tecnológicos para ampliar o volume de sua voz. Jornais daquela época registraram que Whitefield podia ser ouvido por mais de 1 km, apesar de seu corpo franzino e de sua voz fraca, por causa dos problemas de saúde. Isso era um milagre de Deus com certeza.
Em outra ocasião, pregando a alguns marinheiros, Whitefield descreveu um navio no olho de um floração. O sermão foi apresentado de maneira tão real, que, no momento em que o pregador descrevia o barco afundando, foi interrompido pelo grito dos marinheiros apavorados com o que consideraram a própria visão do inferno.
Whitefleld, ao contrário do que muitos imaginavam, era um evangelista-missionário. Jamais quis abrir igrejas para levar seus milhares de convertidos. Pelo contrário: ele os orientava a procurarem igrejas locais. Isso porque, dizem seus biógrafos, sua missão evangelística tomava-o de tal forma que não havia nele qualquer interesse na abertura de templos ou em ter conforto. Nas 13 vezes em que realizou cruzadas evangelísticas nos Estados Unidos, Whitefield viajou, a princípio, para colaborar com o orfanato que abrira no estado da Geórgia. Ele adorava pregar para os órfãos e, para muitos deles, Whitefield era a única referência paterna.
Aos 65 anos de idade, já muito doente, Whitefleld ministrou durante duas horas para uma multidão que o esperava em Exeter, Inglaterra. Na mesma noite, partiu para a cidade de Newburysport, a fim de hospedar-se na casa do pastor local. Durante a madrugada, falou ainda com alguns colegas por cerca de 30 minutos e subiu as escadas para o seu dormitório. Lá, morreu, pregando a Palavra de salvação até o último minuto de vida ao seu companheiro de quarto.
Fonte: Revista Graça, ano 2 n.º 21 – Abril/2001 http://www.ongrace.com/
Curiosamente ele, raramente, pregava sem chorar: Vós me censurais por que choro. Mas como posso conter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas almas mortais estarem à beira da destruição? Não sabeis se estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis outra oportunidade de chegar a Cristo, admoestava.
- Whitefield, um pregador fascinante, contrariou todas as teorias "deterministas". Nasceu em uma taberna em que eram servidas bebidas alcoólicas e morreu pregando a Palavra de Deus como um dos mais sérios servos de Deus de toda a História. Seu pai faleceu quando ele ainda era um bebê. Sua mãe se casou novamente, mas a nova união não melhorou as coisas para o pequeno George, que continuava a limpar os quartos, lavar roupas e servir bebidas aos hóspedes da pensão de sua mãe.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Bobo da Corte

 
Era uma vez um bobo da corte, tão bobo, mas tão bobo que o rei resolveu fazer uma brincadeira com ele.
Deu-lhe um bastão de madeira, no qual estava esculpida a seguinte frase: "EU SOU O BOBO MAIS BOBO DO MUNDO"; e ordenou-lhe:
- Bobo, você vai carregar este bastão todos os dias da sua vida, até que encontre alguém mais bobo que você. Quando isso acontecer, passe o bastão para aquele que for mais bobo que você e diga-lhe que eu ordenei que ele faça o mesmo.E o tempo se passou.

As pessoas viam o bobo carregando aquele bastão e zombavam dele. O bobo tentava passar o bastão a todos que encontrava, mas ninguém era tão bobo assim.
Um dia o rei ficou doente e o bobo foi visitá-lo, pois gostava muito dele.




- Pois é, meu amigo. Estou velho e doente; logo vou morrer, disse-lhe o rei.

- Não, meu senhor, o rei nunca morre.
- Como você é bobo, meu amigo. É claro que até o rei morre. É por isso que até hoje você carrega o bastão que lhe dei.
- E para onde o rei vai, depois que morre?
- Não faço a menor idéia, bobo.
- O senhor sabe que vai morrer, mas não sabe para onde vai?
- É isso mesmo, bobo.
- Então, meu senhor, com o devido respeito, esse bastão agora é seu.


Prepara-te, ó Israel,
para te encontrares com o teu Deus.

Amós 4.12
 
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Mentira



Mentir é falar ou dizer algo contrário à verdade; é a expressão e manifestação contrária ao que alguém sabe, crê ou pensa. Pode-se crer na mentira, falar mentira e praticar a mentira. É o engano em seus diferentes aspectos; nocivo ao ser humano e ofensa grave diante de Deus. O diabo é o pai da mentira (João 8:44) e, portanto, a mentira é um instrumento diabólico que o homem usa para sua própria perdição. O mais triste é que o homem ama a mentira, não ama a verdade pois ele é mau por natureza (Romanos 1:25; Apocalipse 22:15).
A juventude, em termos gerais, está sendo arrastada à perdição eterna pelo prazer transitório da inclinação à droga, sexo, etc. Tudo não passa de uma grande mentira; é enganoso, anormal, trazendo prejuízos físicos, morais e espirituais. Tais coisas podem ser definidas como praticar a mentira. Esta prática abrange os mais variados aspectos da mentira como idolatria, homicídio, adultério, fornicação, cobiça, etc.
Falar mentira é um mal muito comum em todos os ambientes e esferas da vida. Algumas pessoas dizem que certas mentiras são benignas, mas isto não é correto. Toda mentira, pequena ou grande, é um instrumento do diabo, portanto é recomendável que o crente não se comprometa com coisa alguma que possa levá-lo a mentir. Todo verdadeiro crente deve tratar tudo de uma forma positiva; na verdade o seu falar deve ser "Sim, sim, Não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna" (Mt. 5:37).
Existe também a mentira doutrinária e a mentira teórica. O espírito do erro nega que Jesus Cristo veio em carne, nega que Cristo é Deus (I João 4:6). Esta é uma mentira doutrinária. A teoria da evolução é uma mentira teórica pois nega a criação, negando assim o Criador que é Deus. Há pessoas que crêem nessas mentiras, e haverá muitíssimos que irão crer na mentira por não terem dado crédito à verdade (II Tessalonicenses 2:10-12).
Quando Adão e Eva pecaram no Éden, o pecado entrou no ser humano; entrou a mentira, o mal e, consequentemente, a morte. "Porque o salário do pecado é a morte", mas graças a Deus que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm. 6:23). Portanto, ao homem agrada, por natureza, crer na mentira; agrada-lhe praticar a mentira e ele até mesmo ama a mentira. Repito, a mentira é prejuízo ao homem e, com todos os seus horrorosos aspectos, o degenera e o leva à perdição. O diabo com seu instrumental de mentira rouba, mata e destrói o homem. Está escrito: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir" (Jo. 10:10). O diabo lançou a sua mentira no mundo: "a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (I Jo. 2:16).
Devemos aborrecer a mentira, em qualquer forma que se apresente, e não nos esquecermos que o primeiro pecado grave, pecado de morte, registrado na igreja, foi uma mentira (Atos 5:1-11). Temos que amar a verdade, a qual está em nós, e estará para sempre (II João 1,2). Procuremos praticar a verdade em nossas vidas, crer na verdade, falar a verdade e amar a verdade. Cristo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo. 14:6). "Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros." (Ef. 4:25).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Questão de Pontuação



Um homem rico estava muito mal, pediu papel e pena e escreveu assim:
"Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres."Morreu antes de fazer a pontuação.
A quem deixava ele a fortuna?
Eram quatro concorrentes.
1) O :
- Deixo meus bens à minha irmã? Não!
- A meu sobrinho.
3) O :
- Deixo meus bens à minha irmã? Não!
- A meu sobrinho? Jamais!
- Será paga a conta do alfaiate.
- Nada aos pobres.

4) Aí veio a interpretação dos
Assim é a vida.
Nós é que colocamos os pontos.
E isso faz a diferença.

sobrinho fez a seguinte pontuação
- Jamais será paga a conta do alfaiate.
- Nada aos pobres.

2) A :
- Deixo meus bens à minha irmã.
- Não a meu sobrinho.
- Jamais será paga a conta do alfaiate.
- Nada aos pobres.
irmã pontuou assim o escritoalfaiate puxou a brasa pra sardinha delepobres:
- Deixo meus bens à minha irmã? Não!
- A meu sobrinho? Jamais!
- Será paga a conta do alfaiate? Nada!
- Aos pobres.
 
"A noite é passada, e o dia é chegado; dispamo-nos, pois, das obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.
Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja".

Romanos 13.12-13.

 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

VATICANO - Uma Biografia Não Autorizada



Nenhuma história diz tanto sobre os últimos 2000 anos deste planeta quanto a da Igreja Católica. Pelos corredores do Vaticano passaram reis, guerras, o melhor da arte e até alguns "santos". Era 11 de fevereiro de 1929 e faltava meia hora para o meio-dia quando um Cadillac preto estacionou na frente do Palácio de Latrão, em Roma. As portas do carro se abriram e o homem mais temido da Itália saiu. Era Benito Mussolini, chefe do regime facista que governava o país. Dentro do palácio - o quartel-general da Cúria Romana, rosto administrativo da Igreja Católica - o papa Pio II e seus funcionários mais gabaritados receberam o ditador com apertos de mão. A conversa teve início e Mussolini logo exibiu suas cartas: queria que a Igreja reconhecesse oficialmente o regime - era uma tentativa de neutralizar o adversário Partido Popular. A Igreja também foi clara ao falar de seus objetivos. Pediu o que havia pedido, no século 19, durante o processo de unificação italiana: um Estado soberano. Por volta da 1 da tarde, Mussolini assinou o Tratado de Latrão, que conferia ao papa um território independente dentro de Roma. Em troca, a Igreja reconhecia como legítimo o governo controlado pelo duce.
A rigor, foi nesse dia de inverno, na soturna companhia de um dos mais violentos tiranos do século 20, que nasceu o Estado do Vaticano como ele é hoje: o menor país independente do mundo e a última monarquia absolutista da Europa. Mas o encontro em Latrão foi resultado de uma história muito mais longa, que se enraiza 2000 anos no passado - desde um tempo em que o papa era apenas o bispo de Roma, uma entre muitas lideranças de uma seita perseguida. Em seu auge, pontifices se declaravam os "senhores do mundo" e desencadeavam guerras com um sinal-da-cruz. Hoje, o papado é a mais longeva organização internacional da história. De onde veio, e onde foi parar tanto poder? Para desvendar essa história é preciso retornar às origens do cristianismo, quando Roma virou centro de uma seita judaica nascida nas areias do Oriente Médio.
A primeira Igreja
No início, o cristianismo era uma seita de judeus para judeus. Tanto é verdade que, após a crucificação de Cristo, os apóstolos se mantiveram pregando em Jerusalém. A idéia de que Jesus era o tão aguardado Messias, porém, não pegou entre os judeus. Pelo contrário: os apóstolos foram tão hostilizados que se viram obrigados a se espalhar pelo Oriente Médio e pregar para novos ouvidos. Foi assim que o Messias passou a ser descrito como redentor de todos os homens e de todas as raças. Comunidades chamadas igrejas - do latim ecclesia, assembléia - pipocaram em cidades da Ásia, África e Europa. E logo chegaram ao centro político de então - a tradição católica assegura que Pedro viajou a Roma por volta do ano 42. A vida na capital não era fácil: os cristãos eram persegidos por se recusar a adorar deuses romanos. O próprio Pedro foi preso e levado ao Circo de Nero, uma arena usada para para corridas de carruagens e execuções de traidores construída nem terreno pantanoso nos subúrbios de Roma. A região era conhecida como Vaticanus, provável derivação de Vaticus, antiga aldeia etrusca que existia lá. Nesse lugar misterioso e algo sinistro, Pedro foi crucificado e enterrado. Mas, precavido que era, ele já havia escolhido um sucessor, Lino, romano convertido ao cristianismo sobre o qual quase nada se sabe além do nome. E assim a autoridade de Pedro foi transmitida, como continuaria sendo de geração em geração e de bispo em bispo, até chegar a Bento 16, 267o. herdeiro de são Pedro - ou 265o., como prefere a Igreja, que riscou de sua lista Estevão, que morreu apenas 3 dias após ser eleito, e Cristovão, que tomou o poder à força.
Está ai, em resumo, a tese do "primado de Roma", segundo a qual os bispos romanos são os representantes legítimos de Jesus. Mas os fatos que sustentam esse dogma nunca foram unaminidade. Não há provas da passagem de Pedro por Roma. A Bíblia nada diz a respeito - lendas sobre sua viagem e martírio foram coletadas por volta de 312 a. C. , na obra de um propagandista da Igreja, Eusébio de Cesaréia. Comprovar essa tradição sempre foi questão de honra para os papas. Na década de 1930, por exemplo, escavações financiadas pelo Vaticano encontraram um antigo túmulo sob o altar da Basílica de São Pedro - que, de acordo com a tradição, foi erguida sobre a sepultura do apóstolo. Junto aos ossos, os arqueólogos acharam símbolos cristãos, como peixes e cruzes. A decoberta não convenceu todos os especialistas. "Havia cemitérios no Vaticano muito antes de Cristo. O túmulo na basílica talvez nem seja cristão - os romanos pagãos costumavam usar símbolos de todas as religiões", diz o historiador André Chevitarese, da UFRJ, um dos maiores especialistas brasileiros no assunto.
Como a maioria de seus companheiros, Chevitarese também duvida que Pedro fosse um lider absoluto. "O cristianismo antigo não tinha hierarquia rígida. Havia bispos independentes, com opiniões diversas sobre a doutrina e fé." Essa fase "democrática" chegou ao fim em 312, quando o imperador Constantino se "converteu" - e a religião perseguida passou a ser a favorita do Estado. Foi a partir daí que a Igreja se tornou hierárquica. Doações feitas pelos imperadores a enriqueceram - a instituição do celibato foi feita nessa época, para impedir que a fortuna evaporasse entre herdeiros. A proximidade do poder logo subiu à cabeça do bispo romano - que, até então, não era mais nem menos respeitado que líderes de outras comunidades. No final do século 4, os bispos de Roma adotaram o título de papa, "pai", em grego, sinal de que se consideravam chefes dos outros. Uma espécie de réplica espiritual do imperador.
- Certo dia, Jesus passeava pela Judéia, uma das províncias do Império Romano. De repente, o Messias olhou para um de seus apóstolos, o pescador Simão, tembém conhecido como Pedro. E disse: "Tu és Pedro e sobre essa Pedra edificarei minha Igreja. Eu te darei as chaves do reino do céu, e o que ligares na Terra será ligado nos céus". Para o dogma católico, essa passagem do Evangelho de São Mateus significa que Pedro foi escolhido como representante de Cristo na Terra. O primeiro papa.Trapaça na idade Média
Para entender o sentido do documento, temos de voltar no tempo. Ao longo do século 5, a parte ocidental do Império Romano foi invadida e devassada por tribos bárbaras. Em 476, Roma foi conquistada. Na confusão da guerra, o papado foi a única instituição organizada que sobreviveu - o papa Leão Magno entrou para o rol dos gênios da diplomacia por ter liderado o Vaticano nessa transição. Quando o reboliço acabou, a igreja era dona do mais poderoso dos monopólios: o conhecimento. Religiosos cristãos eram os únicos europeus letrados no início Idade Média. Fornecendo conselheiros e legisladores para os reinos nascentes, a igreja ganhou influência sobre os soberanos bárbaros, que começaram a se converter em 508 - o primeiro foi Clóvis, rei dos francos, que mandou batizar seus exércitos com tonéis de água benta.
O autor da Doação de Constantino provavelmente pertencia a uma classe especial de cléricos eruditos: as equipes de falsários que, entre os séculos 6 e 9, trabalhavam nos escritórios papais alterando e inventando documentos para fortalecer a posição dos bispos romanos. a Doação era uma mistura de testemunho e testamento, supostamente assinado pelo Imperador Constantino em 315. O texto conta como o imperador foi milagrosamente curado da lepra graças às preces do papa Silvestre. Em troca, transformou os papas em seus herdeiros legais: "A eles deixo a coroa imperial e o governo de todas as regiões do Ocidente, de agora para sempre".
Ao longo da Idade Média, a Doação foi aceita como documento verídico e invocada por nada menos que 10 papas para reinvidicar poderes políticos. Muitos historiadores acreditam que a fraude foi usada pela primeira vez em 754. Nesse ano, Estevão 2o. viajou para encontrar Pepino, rei dos francos. Estevão procurava ajuda para transformar Roma e as terras vizinhas em território da Igreja - nos dois séculos anteriores. a capital da cristandade havia sido saqueada e dominada por hérulos, godos, bizantinos e lombardos. Pepino, que havia tomado o trono à força, tentava legitimar seu poder. "A solução foi apresentada pessoalmente por Estevão a Pepino. O rei franco aceitou o documento como prova da autoridade dos papas - na sociedade iletrada da época, registros escritos despertavam respeito", escreve o historiador americano Norman Canton em The Civilization of the Middel Ages (A Civilização da Idade Média)", sem tradução em português). Pode parecer estranho, mas os invasores tinham uma admiração supersticiosa por seu inimigo, o antigo Império Romano. Os reis bárbaros sonhavam em igualar os antigos imperadores - e Constantino era um dos mais famosos. Depois de ter a coroa consagrada por Estevão, Pepino partiu para a a Itália. Expulsou os lombardos, que dominavam o país na época, e converteu um pedaço da Itália central em território independente, da Igreja. O coração do novo reino era a cidade de Roma e a área vizinha, que hoje forma o Vaticano. Todos os habitantes dessas regiões viraram súditos dos papas, passaram a lhes pagar impostos, ser julgados e governados por eles. Assim nasceu o Estado Pontifício, que durou até 1870.
- Na penumbra da sala, um homem escreve sua obra-prima. Ele usa uma pena, tinta preta e folhas de papiro ou pergaminho. Não há certeza quanto à data, algo em trono do ano 750. Um endereço provável é Palácio de Latrão.O autor seria um certo Cristóforus, secretário do papa Estevão 2o. Certeza mesmo, só em relacão à obra: é a Doacão de Constantino, a fraude mais bem-sucedida da história.Donos do mundo
O adversário seguinte dos papas surgiria na forma de um ex-aliado. Na época, a segurança do Estado Pontíficio era mantida por tropas do Sacro Império Romano - fundado por Carlos Mágno, filho de Pepino. Em troca da proteção, os imperadores execiam uma pesada influência sobre a Igreja. Na prática, o lider da cristandade era um pau-mandado. Em 1073, surgiu um papa disposto a virar o jogo. Baixinho e de voz aguda, Gregório 7o. tinha um temperamento tinhoso, que lhe rendeu o apelido de Santo satanás. Em um decreto famoso, determinou que os pontífices não só tinham o direito de legitimar soberanos como também podiam depô-los. E decalrou que o papa não era só o lider da igreja mas o "senhor do mundo". Isso enfureceu Henrique 4o., soberano do Sacro Império Romano. Sem pestanejar, Gregório o excomungou. "A excomunhão era uma ferramenta poderosa. O excomungado ficava proibido de ir à missa e receber sacramentos - num tempo em que a religião estava entranhada na vida cotidiana, essa punição era terrivalmente pesada", diz a historiadora Andreia Frazão, especialista em Igreja medieval. No inverno de 1077, Henrique foi pedir perdão às portas do castelo de Canossa, na Itália, onde o papa se hospedava. O Santo Satanás o obrigou a esperar 3 dias na rua, debaixo de neve, antes de absorvê-lo.
Com o implacável Gregório, o papado passou da defensiva para o ataque. Se antes precisava de proteção, agora se impunha com ameaças de escomunhão. Hoje, os papas se declaram apenas pastores espirituais. Naquela época, eram soberanos políticos com sonhos de hegemonia, dispostos a conquistar o mundo pela cruz e pela espada. A maior prova de poder e ambição veio em 1095, quando Urbano 2o. ordenou que os reis cristãos marchassem contra o Oriente Médio para "libertar" Jerusalém, governada por mulçumanos desde o século 7. Cerca de 25.000 peregrinos e guerreiros cristãos começaram a escrever uma das páginas mais brutais da história: as Cruzadas. Durante a tomada de Jerusalém, em 1099, quase todos os judeus e muçulmanos da cidade foram massacrados. Nos 200 anos seguintes, mais 8 cruzadas marchariam sobre a Terra Santa.
Um século depois de Gregório, em 1198, subiu ao trono Inocêncio 3o. - o papa mais poderoso da história. Agora o papado era uma potência militar, capaz de contratar exércitos, e também uma instituição milionária. Camponeses e artesãos europeus eram obrigados a rechear os cofres da Igraja, com um décimo de suas rendas anuais, o "dizimo eclesiástico". A opulência papal era tanta que começou a atrair ódio. Na época de Inocêncio, ganhou força no sul da França uma seita conhecida como catarismo que negava a autoridade do papa e o chamava de filho do demônio. Inocêncio respondeu com fúria ao desafio. Em 1209, convocou uma guerra santa contra a "seita maldita": aldeias foram queimadas, multidões chacinadas. Para aniquilar o que sobrou do catarismo, Gregório 9o., sucessor de Inocêncio, criou em 1233 a Santa Inquisição, tribunal de cléricos com o poder de acusar, julgar e condenar inimigos da Igreja. Com o tempo, o Santo Ofício se espalhou por outros paises e passou a perseguir e queimar não só cátaros, nas todos que discordassem dos dogmas católicos - judeus, cientistas, crentes, gays. As sociedades cristãs se tornaram perseguidoras e teocráticas. Por outro lado, a estabilidade alcançada na marra alavancou o desenvolvimento que transformou a Europa na maior potência mundial. Cronistas descrevem o mais terrivel e bem-sucedido dos papas como um sujeito afável que gostava de contar piadas. Mas também fiel a sua passagem favorita da Bíblia, em que Deus diz a Jeremias: "Eu vos alcei por cima das nações e dos reinos para vencer e dominar, para destruir e conquistar".
- Na virada do ano 1000, a Europa estava de joelhos. Pela espadas dos reis católicos e pelas viagens de missionários, o cristianinsmo tinha unificado o caleidoscópio cultural do Ocidente numa grande nação espiritual. Na Ásia, porém, a autoridade do papa não era reconhecida. O patriarca de Constantinopla, atual Istambul, considerava-se tão importante quanto seu colega italiano. E ainda havia discordâncias em certos aspectos da liturgia romana, como o celibato e a missa em latim. A rixa explodiu em 1054, quando o papa Leão 9o. e o patriarca Cerulário se excomungaram um ao outro e romperam relações. Os orientais formaram a Igreja Ortodoxa, enquanto a Igreja Romana se declarou a única, eterna e católica - do grego katholikos, "universal".Decadência com elegância
A influência mundial esmorecia, mas os papas ainda eram príncipes ricos e poderosos em seu território. E, aos poucos, a boa vida afrouxou os costumes da Igreja. O celibato passou a ser um detalhe esquecivel e Roma mergulhou numa luxuosa dolce vita. A carreira eclesiástica virou imã para oportunistas interessados na fortuna da Igreja. Exemplo máximo foi Rodrigo Bórgia (ou Alexandre 6o.), eleito papa em 1492 graças à pesada propina distribuida aos eleitores - pesada mesmo: eram 4 mulas carregadas de ouro. Bonitão e sedutor, Alexandre tinha duas amantes oficiais, deu festas de arromba no Palácio Apostólico e gerou 7 filhos conhecidos, alguns presenteados com rentáveis cargos eclesiásticos.
Apesar da má fama, os papas da Renascença souberam usar sua riqueza para deixar um legado cultural exuberante. Construiram bibliotecas, ergueram monumentos e transformaram a cidade em um tesouro para os olhos. O maioral entre os papas da arte foi Júlio 2o., que subiu ao poder em 1503. Pai de 3 filhas, em vez de rezar missas de batina ele preferia comandar exércitos, vestido de armadura de prata. Nos intervalos entre batalhas, o papa guerreiro patrocinou alguns dos maiores gênios da época, como os pintores Michelangelo e Rafael. Com a proteção e os salários pagos pelo Vaticano, eles realizaram obras-primas como as incríveis pinturas no teto da capela Sistina, de Michelangelo.
Foi justamente a admirável extravagância de Júlio que detonou a pior crise na história da Igreja. Em 1505, o papa começou a reconstrução da Basílica de São Pedro, no Vaticano, que estava em ruínas. Para financiar as obras, autorizou todas as igrejas da Europa a vender "indulgências" - documento que davam absorvição total dos pecados em troca de dinheiro. Isso enfureceu o monge alemão Martinho Lutero, que em 1517 publicou 95 teses denunciando a corrupção da Igreja. Começava a Reforma Protestante. Pouco depois, cristãos da Alemanha, da Holanda e da Europa Central, já renegavam a autoridade do papa e a supremacia de Roma. O continente mergulhou em dois séculos de guerras religiosas.
- Entre os séculos 12 e 15, o sonho da hegemonia implodiu. As Cruzadas acabaram em fiásco: em 1292, os europeus foram definitivamente expulsos pelos sultões islãmicos. Dentro da Europa, os delírios absolutistas do Vaticano revoltaram até o clero. Foi Lorenzo Vália, um sacerdote, que desmascarou a Doação de Constantino, em 1440. Vália provou que o documento estava cheio de erros históricos - de acordo com os biógrafos antigos, Constantino nunca sofreu de lepra. O prestígio espiritual da Santa Sé foi estremecido - as escomungações perderam a eficiência e os reis começaram a peitar os papas. Enquanto isso, a educação deixava de ser privilégio do clero, universidades pipocavam pela Europa, a ciência e a arte vicejavam: era o Renascimento.Medo da modernidade
Em 1870, um movimento nacionalista unificou a colcha de retalhos que era a Itália e transformou as terras papais em propriedade do novo Estado. No inicio do século 20, o sucessor de Pedro estava pobre e reduzido a uma nulidade política. Os palácios do Vaticano caiam aos pedaços, com esgotos entupidos e ratos. Foi nesse aperto que Pio 11 assinou o controverso Tratado de Latrão, que incluia não apenas um território soberano mas também uma doação de cerca de US$90 milhões - o suficiente para tirar as contas do vermelho. Foi uma bela virada. Hoje, o Vaticano divulga lucros anuais de US$200 milhões, incluindo doações de dioceses e investimentos em empresas européias.
O pacto de Mussolini foi terrível para a imagem do Vaticano. No fim da vida, Pio 11 repensou suas alianças e escreveu uma encíclica condenando o anti-semitismo - na época, Hitler já tinha dado a largada para o Holocausto. Diz a história que faltavam dois dias para a publicação do texto quando ele morreu, em 1939. Numa decisão desastrosa, o sucessor, Pio 12, arquivou a encíclica redentora: ele via no regime nazista um incômodo necessário na luta contra a maior das ameaças, o comunismo. "Mesmo após o início da segunda Guerra Mundial, Pio 12, um papa eloquente, que fazia milhares de discursos sobre todos os assuntos possíveis, jamais denunciou os crimes nazistas. Adolf Hitler, que se dizia católico, nunca foi excomungado", escreve o teólogo alemão Hans Kung em Igreja Católica. Em 1958, a morte de Pio 12 deu inicio a um dos conclaves mais agitador do século 20. Para impedir a eleição de um conservador, cardeais progressistas votaram em peso em Angelo Roncalli (ou João 23), que quase com oitenta anos parecia inofensivo. Nem bem subiu ao poder, o velhinho bonachão surpreendeu até os liberais ao convocar o Concílio Ecumênico Vaticano 2o. - o objetivo, nas palavras do próprio João, era "atualizar" a Igreja. Concílios - ou seja, assembléias universais de bispos - ocorriam desde o início do cristianismo e eram um resquício de sua democracia primordial. Mas, desde a Idade Média, as decisões eram controladas ou censuradas pelo tacape do papa de plantão e seus funcionários mais próximos. A proposta de João 23 era afrouxar a hierarquia e dar mais poder de decisão aso bispos reunidos.
O concílio trouxe mudanças antes impensáveis. Entre outra coisas, reconhecer o direito de cada indivíduo escolher a própria religião - o que abriu canais de diálogo com outras crenças. A liturgia foi reformada e as missas passaram a ser rezadas nas linguas locais, e não em latim. Mas João morreu de câncer em 1963, deixando o concílio pela metade. Seu sucessor, Paulo 6o., permitiu-se dominar pela ala conservadora e barrou a mais importante de todas as propostas: uma revisão do "primado de Roma", a tese que sustenta a autoridade suprema dos papas. "Houve tristeza e indignação entre os bispos reunidos. Mas ninguém protestou em público", escreve Kung, um dos teólogos progressistas que participaram do concílio - e também um indignado tardio, que só tornou pública sua revolta a partir de 1970, quando passou a publicar livros criticando a doutrina absolutista do Vaticano.
A luta pela alma da Igreja Católica continua. João Paulo 2o., que sempre foi um carismático conservador, não mexeu em doutrinas controversas, como a condenação dos anticoncepcionais. As perspectivas para uma futura reforma do papado são nebulosas. Por volta de 2001, Hans Kung e outros teólogos liberais fizeram lobby por um Concílio Vaticano 3o. - mas a idéia foi barrada pela Congregação para a Doutrina da Fé, novo nome para um velho órgão: a Inquisição. Hoje, claro, ela não queima ninguém, mas ainda tem o poder de travar mudanças nos dogmas e censurar teólogos moderninhos, como fez com o brasileiro Leonardo Boff, proibido de falar em público após criticar a postura centralizadora da Igreja. Na época em que o novo concílio foi recusado, o cabeça do santo Ofício era um certo cardeal alemão, conhecido como intelectual brilhante. Amigo de Kung nos anos 60, ele simpatizava com a ala progressista. Mas mudou de idéia. Afastou-se do antigo companheiro e tornou-se porta-estandarte da facção conservadora. Hoje, anda ao lado de cardeais como Giacomo Biffi, que durante o sermão da Quaresma do ano passado na Santa Sé afirmou que a vinda do anticristo se aproxima - e que o enviado do Diabo estará disfarçado de "ecologista, pacifista ou ecumenista". O nome desse cardeal alemão, você ja deve ter adivinhado. É Joseph Ratzinger.
A santidade dos papas é tão certa quanto ao fato de eles não precisarem comer, beber, fazer cocô, xixi, ter chulé, etc. Talvez até tenham o privilégio de poderem ser pedófilos.
- Mas a Igreja tinha dias piores "pela frente". No século 18, a Europa viu o florescimento do Iluminismo, movimento filosófico que colocava a razão e a ciência no centro do mundo e questionava o valor absoluto da fé e das tradições. Pensadores iluministas, como o francês Voltaire, defendiam que todos os homens nascem iguais e têm o direito de escolher a própria religião. Esse novo jeito de pensar passou dos intelectuais para as massas: em 1789, a Revolução Francesa guilhotinou privilégios (e padres) e desapropriou terras da monarquia e da Igreja. Firmava-se o divórcio litigioso entre religião e Estado do Ocidente. De patrono das artes, o papado virou inimigo do progresso, entrando numa fase de pânico apocaliptico em relação a tudo o que cheirasse a modernidade - condenava até ferrovias e iluminação a gás. No século 19, a moralidade rígida era de novo a norma do Vaticano. O papa, que antes acumulava funções de político e soldado, passou a ser visto pelos fiéis como um santo vivo, casto e distante.

sábado, 19 de novembro de 2011

Ensinos da Legião da Boa Vontade



Vamos repassar aqui, segundo informações colhidas na própria LBV, alguns de seus ensinamentos a respeito da Bíblia. Deixamos bem claro aqui que não estamos difamando nem atacando ninguém, apenas esclarecendo à luz da Palavra de Deus a verdade.
COMO É VISTA A BÍBLIA PELA LBV
A LBV declara que a Bíblia está cheia de erros por causa do estado evolutivo dos seus autores. E ainda afirma não crer que o Livro Sagrado tenha, todo ele, inspiração divina. E mais ainda: diz que, se a Bíblia tem muitíssimas verdades, também tem suas fábulas e lendas...
Mas o apóstolo Pedro diz que a Bíblia foi escrita sob inspiração do Espírito Santo de Deus (2Pedro 1.21). O salmista afirma:
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra; e luz para o meu caminho" (Salmo 119.105).
Quer dizer, a LBV, ao negar a inspiração bíblica, acaba negando todas as verdades cristãs cridas ao longo dos séculos.
PARA A LBV, QUEM É O ESPÍRITO SANTO ?
Afirma a LBV que Ele é um conjunto de espíritos puros e superiores, a falange sagrada. Nega que Ele seja Deus e uma pessoa.
Mas a Bíblia nos informa que o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus, e que habita em nós quando passamos a crer em JESUS ao experimentarmos o novo nascimento (João 3.3; 14.17; 1Cor 3.16).
ABERRAÇÃO: A LBV DIZ QUE MARIA TEVE GRAVIDEZ ILUSÓRIA
Com isso, a LBV ensina que Jesus evoluiu através de várias reencarnações até se tornar um espírito perfeito não necessitando mais de corpo físico.
Isso tudo é muito estranho à Bíblia. Leiamos Lucas 2.7 e 2.21; e Gálatas 4.4 e veremos o verdadeiro ensino bíblico sobre o nascimento de Jesus, o Deus que se fez homem!
E O JESUS DA LBV, QUEM É ELE ?
A LBV nega sua divindade e sua encarnação física, e diz que Ele teve apenas um corpo fluídico.
Ora, meu amigo, tais heresias não são novas, pois já existiam no primeiro século da Igreja. Em suas cartas o apóstolo João rejeitou tais ensinos (1João 4.1-3). A Bíblia afirma que Jesus é Deus e que teve um corpo físico (João 1.1, 14; Rom 9.5; Col 2.9; Tito 2.13).
JOÃO BATISTA FOI MESMO A REENCARNAÇÃO DE ELIAS ?
A LBV acredita que o espírito do profeta Elias reencarnou no corpo de João Batista.
Ora, se Elias reencarnou em João Batista, quem deveria ter aparecido no Monte da Transfiguração era o espírito de João Batista, já que havia desencarnado, conforme se vê em Lucas 9.9, e não Elias (Lucas 9.29-31). E além do mais Elias não experimentou a morte física para reencarnar! Diz a Bíblia que ele foi arrebatado ao céu (2Reis 2.11). E Além disso, em Hebreus 9.27, Deus disse que o homem morre só uma vez, vindo em seguida o juízo.
PASMEM: SATANÁS É IRMÃO ?
Este ensino está no "Poema do Irmão Satanás", no "Livro de Deus", página 288, da LBV. Assim está escrito lá: "Amigos meus, oremos por Satã, amemo-lo de todo o coração".
Jesus afirma em João 8.44 que o diabo é mentiroso e pai da mentira. Satanás se transforma em anjo de luz para enganar as pessoas (2 Cor 11.14). Em 1Pedro 5.8 diz que ele é nosso adversário, não um amigo ou irmão, mas alguém que precisa ser resistido na fé em JESUS. E em Tiago 4.7 temos a seguinte orientação: "Sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós".
O DESAFIO DA LBV
Assim dizem eles:
"Se alguém provar que a LBV não está integrada nas verdades do Evangelho e do Apocalipse, fecharemos as portas"
Esse desafio está registrado na página 110 do livro MENSAGEM DE JESUS PARA OS SOBREVIVENTES. Bem, diante do que foi exposto, perguntamos, em resposta ao desafio feito: A LBV está realmente de acordo com a Bíblia, a santa Palavra de Deus???
Amigo, o verdadeiro Evangelho afirma, em 1João 3.8, que JESUS veio para destruir as obras do diabo, que é enganador (ele não tem irmão nem no inferno). Se você foi enganado por ele, JESUS CRISTO pode e quer libertá-lo desse engano.
Para que você saiba que não estamos inventando, anexamos abaixo o famoso poema citado:

por Alziro Zarur - fundador da Legião da Boa Vontade - (extraído do "Livro de Deus", página 288, da LBV)

POEMA DO IRMÃO SATANÁS

Lembro-me bem: eu era uma criança
Calada e triste, sem saber por quê.
Menino, às vezes, pensa. E também vê
Que é triste o carnaval da vizinhança.
Em minha paz de criança pessimista,
Desconfiado de risos e festinhas,
Ninguém sabia ler as mágoas minhas
Naquele isolamento fatalista.
Um dia, eu fui com meus irmãos à igreja,
E um padre perturbou a minha paz:
Ele falou de um certo Satanás
Que as almas brutaliza e mercadeja.
Mas falou com uma raiva tão bravia
Do Diabo vil, com um coração de pau,
Que eu perguntei à minha avó Maria:
- Será que o Diabo é mesmo assim tão mau?
E Lúcifer, com todo o seu quartel,
Me preocupou, de fato, muitos anos:
Quis, até, devassar os seus arcanos,
Aprofundando a história do Lusbel.
Mais tarde, eu lia a Bíblia, de manhã -
E são 72 livros ou partes -
Para surpreender todas as artes
Daquele infernalíssimo Satã.
Até que, um dia, o Novo Testamento
Me revelou, na sua estranha luz,
O Sermão da Montanha, de Jesus,
Que não me saiu mais do pensamento.
Fiquei pasmado, oh! sim, perante aquelas
Palavras da misericórdia-mor!
E tanto as li que, até hoje, sei de cor
Estas palavras mansamente belas:
"Bem-aventurados os humildes ...
(nota da redação do DS: o texto continua
referindo-se às bem-aventuranças).
Ouvistes que foi dito:
amarás teu amigo
e odiarás teu inimigo.

Eu, porém, vos digo:
amai até mesmo aos vossos inimigos;
bendizei aqueles que vos maldizem;
fazei bem àqueles que vos odeiam;
orai por todos aqueles que vos
perseguem e maltratam..."
Nessa altura, já entrara em minha vida
- E lhe fiz um cordial salamaleque -
A obra portentosa de Kardec,
A jorrar luz na Bíblia envelhecida.
Na grande Metapsíquica dos sábios,
Que estudam essas coisas sem rituais,
Algumas perguntinhas, bem banais,
Naturalmente vieram aos meus lábios:
- Se Deus sempre é perfeito no que faz,
E nada do que fez ao mal destina,
Por que odiarmos nós a Satanás,
Se ele, também, é criação divina?
- E, se Jesus nos veio esclarecer
Que amássemos até "ao inimigo",
Por que não transformar num bom amigo
A Satanás, em vez de o combater?
Amigos meus, oremos por Satã,
Amemo-lo de todo o coração,
E respondamos sempre com perdão
Aos males que nos faça, hoje e amanhã.
E, um dia, todos nós iremos ver
Satanás redimido, a trabalhar
Por aqueles que veio tresmalhar
Dos rebanhos do Cristo, e reviver!
Porque se assim, amigos, não quiserem
Aqueles que se chamam "os cristãos",
Lavemos, desde já, as nossas mãos,
Ante as iniqüidades que fizerem.
Por mim, com honra, eu amo Satanás,
Meu pobre irmão perdido nos infernos,
Com este amor dos sentimentos ternos,
Para que ele, também, receba a paz.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Recompensa da Generosidade




Muito tempo atrás, um rapaz que estava viajando para a região Oeste dos Estados Unidos chegou a uma fazenda e pediu uma acomodação onde pudesse passar a noite. O proprietário recebeu-o com boa vontade. Pouco depois, outro viajante e sua esposa pararam e perguntaram se poderiam pernoitar ali. O jovem marido, que sofria de tuberculose, explicou que tinha somente quatro dólares para pagar o alojamento. O fazendeiro convidou-os a entrar e disse que não cobraria nada pelo pernoite.


O primeiro rapaz, sentindo pena do viajante enfermo, ofereceu-lhe sua cama e disse que dormiria no celeiro, o que ele realmente fez. Na manhã seguinte, quando o homem doente e sua esposa estavam partindo, o fazendeiro colocou 100 dólares na mão dele e disse que os usasse, sem preocupar-se no caso de não poder devolvê-los.


Vinte anos se passaram. O primeiro rapaz viajava perto da fazenda onde havia pernoitado tantos anos atrás e decidiu ver se o proprietário ainda morava no mesmo lugar. Morava. Enquanto recordavam aquele dia, outro visitante bateu à porta. Por uma dessas coincidências únicas na vida, era o outro viajante! Havia recuperado a saúde, e a fortuna lhe havia sorrido. Tomara conhecimento, recentemente, de que seu generoso anfitrião havia sofrido sérios reveses financeiros. Estava passando por ali para pagar a generosidade dele.


- Amigo - disse ele ao fazendeiro - você me deu 100 dólares quando eu estava necessitado, e agora quero pagar-lhe 100 dólares para cada dólar que me deu.
A generosidade tem suas recompensas, até mesmo nesta vida. Jesus disse: "Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão." (Luc. 6:38). Mas não espere que sempre aconteça dessa maneira. Seja generoso porque isso faz parte da regra áurea - e espere bênçãos espirituais, não materiais.
"Haverá uma parte igual para os de cada grupo - uma parte para os que foram à batalha, e outra para os que tomaram conta do equipamento. 1 Sam. 30:24 (A Bíblia Viva).Um livro que fala das condições de trabalho nos estaleiros britânicos menciona duas classes de operários; uma é conhecida como os "cravadores" e a outra como os "pegadores". Sabemos quem são os cravadores. Os golpes ensurdecedores de seus martelos de ar comprimido soam de cada nova embarcação que está sendo fabricada. Os pegadores, cujas tenazes agarram os parafusos de aço aquecido ao rubro e os deixam prontos para o uso dos cravadores, fazem um trabalho menos emocionante e aclamado.


Os dois tipos de operários são semelhantes aos cristãos que labutam na causa do Senhor. Alguns, como os cravadores, parecem trabalhar à luz dos refletores e recebem toda a glória. Outros, como os pegadores, não fazem nenhum alarde mas são absolutamente essenciais para a realização do trabalho, embora recebam pouco ou nenhum crédito.


Na parábola dos trabalhadores, os operários que foram contratados de manhã concordaram em trabalhar na vinha por um denário - o pagamento normal de um dia de trabalho. Os que foram contratados mais tarde, inclusive os da undécima hora, receberam a garantia de que obteriam um pagamento justo. No fim do dia, quando o proprietário efetuou o pagamento dos trabalhadores e deu aos que chegaram por último a mesma quantia dada aos que haviam trabalhado o dia todo, aqueles que tinham trabalhado mais tempo reclamaram que deveriam ter recebido mais. Essa parábola, explicou Jesus, representa o reino dos Céus.


Não devemos supor que no dia em que for dada a recompensa, aqueles que trabalharam mais se queixarão de que a vida eterna não é suficiente e de que deviam receber mais "pagamento". A questão é que todos os salvos receberão a mesma recompensa - a vida eterna.
Supomos que alguém insatisfeito com essa recompensa nem mesmo estaria vivo para recebê-la. Todos nós, temos certeza, ficaremos felizes até mesmo com o fato de termos sido salvos para a eternidade. Se alguns nesta vida receberam mais crédito que outros, o que é isso em comparação com o "eterno peso de glória" que será o prêmio dos fiéis? (Ver II Cor. 4:17.)
"Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás". (Ecles. 11:1).Em 1568, quando a rainha Maria da Escócia fugiu para a Inglaterra, levou consigo um colar de raras pérolas negras. Dezenove anos mais tarde, quando foi executada, o ornamento desapareceu. O governo britânico ordenou uma busca, mas o colar jamais foi encontrado. Depois de muito tempo e considerável esforço, teve de ser suspensa a busca, mas o caso não foi esquecido.


Mais de 350 anos depois, duas mulheres americanas, viajando pela Grã-Bretanha, entraram numa velha loja de presentes à procura de uma lembrancinha para levar para casa. O encarregado da loja mostrou-lhes um colar de contas pretas encardidas, que ele ofereceu por um xelim (vigésima parte da libra). As senhoras o adquiriram e o levaram a um joalheiro, para que limpasse as continhas.


Vários dias mais tarde, quando as mulheres passaram por lá para retirar o "souvenir", um representante do governo britânico informou-lhes que as contas constituíam o colar da Rainha Maria, perdido fazia tanto tempo. Para reavê-lo, o governo pagou às senhoras a quantia de cinco mil libras esterlinas.
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá". (João 11:25).Nas Ilhas dos Açores foram encontradas moedas cartaginesas de algumas centenas de anos antes de Cristo. Essas moedas apóiam a crença de que marinheiros fenícios descobriram aquelas ilhas bem antes de terem sido reivindicadas para Portugal por Gonçalo Velho Cabral em 1431.


No século XII da era cristã, geógrafos árabes mencionaram a existência de nove ilhas no Oceano Ocidental, ou Atlântico. Esse conhecimento, entretanto, perdeu-se aparentemente durante a Idade Média. Portugal, assim, localizado na costa ocidental da península mais ocidental da Europa, manteve por centenas de anos o seu lema Nec Plus Ultra, "Nada Mais Além".


Naquele tempo, muitos criam que, se alguém saísse navegando para além do horizonte, acabaria caindo pela extremidade da Terra. Mas à medida que pescadores e outros se aventuravam cada vez mais longe no Atlântico, iam percebendo que seus temores não tinham fundamento. Então, quando ousados navegadores como Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Cabral e outros descobriram mais terras além do horizonte, Portugal mudou seu lema para Plus Ultra, "Mais Além".
Para muitas pessoas, não existe nada além do mar da vida, esta existência presente. Seu lema é, na essência, Nec Plus Ultra ou, como disse Robert Ingersoll, bem conhecido ateu americano: "A vida é um estreito vale entre os frios e estéreis picos de duas eternidades."


"Aquele que vos der de beber um copo de água, em Meu nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão". (Marcos 9:41).Alguns anos atrás, Sam Foss, escritor e viajante, chegou a uma cabana pequena e rústica situada no topo de uma colina, na Inglaterra. Viu ali por perto uma placa que dizia: "Sirva-se. Tome água fresca." A pouca distância ele encontrou uma fonte de água geladinha. Acima da fonte estava pendurada uma antiga caneca, e sobre um banco próximo havia uma cesta de maçãs e outra placa que convidava o transeunte a servir-se.


Curioso por conhecer as pessoas que demonstravam tanta hospitalidade para com estranhos, Foss bateu à porta. Um idoso casal atendeu, e Foss perguntou-lhes acerca da fonte d'água e das maçãs. Explicaram que não tinham filhos. O seu pedacinho de terra produzia uma reduzida colheita, mas como tinham abundância de água fresca, queriam simplesmente partilhá-la com quem passasse por ali.


- Somos muito pobres para dar dinheiro de esmola - disse o marido - mas achamos que deste modo podemos fazer algo pelas pessoas que passam por aqui.


Não são os grandes presentes dados com ostentação que o Céu mais considera, mas sim os pequenos atos de amor e bondade.


"Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o Seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos". (Heb. 6:10).Num dia quente de verão, há pouco mais de cem anos, um jovem estudante de Medicina estava indo de casa em casa numa comunidade rural do Estado de Maryland, Estados Unidos, vendendo livros para obter dinheiro e poder pagar seus estudos. No fim da tarde, bateu à porta de uma casa de fazenda onde a única pessoa que encontrou foi uma garota adolescente. Depois de ele fazer sua apresentação, a menina disse:


- Lamento muito, mas minha mãe é viúva e nós não temos condições de comprar livros.
O rapaz então perguntou:
- Você poderia por favor me dar um copo d'água?
- É claro. Mas nós temos bastante leite fresquinho. Você não preferiria um copo de leite em lugar de água?
- Eu ficaria muito agradecido - respondeu o jovem.


Transcorreram anos. O estudante de Medicina tornou-se um hábil médico. Certo dia, durante o plantão, chegou à conclusão de que uma das pacientes era aquela que, quando garota, havia sido bondosa para com ele. A moça, entretanto, estava doente demais para reconhecê-lo. As coisas começaram a acontecer. Aquela jovem foi removida para um quarto particular e passou a receber a melhor atenção que a ciência médica podia oferecer.


Depois de alguns dias, uma enfermeira lhe disse:
- Amanhã você poderá voltar para casa.
- Fico feliz - disse a paciente - mas a conta do hospital me preocupa.
- Eu vou buscá-la e então veremos em quanto ficou.


A enfermeira retornou com o tesoureiro do hospital, que apresentou a conta à paciente. Ela olhou logo para a última linha. Ficou chocada com a elevada quantia. Mas então viu algumas palavras escritas atravessadas sobre o extrato de sua conta: "Plenamente pago por um copo de leite. - Dr. Howard A. Kelly."
"O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre". Prov. 22:9.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reconstruindo Ruínas


Quando Thomas Carlyle, historiador e ensaísta inglês, concluiu o segundo volume de sua História da Revolução Francesa, entregou o manuscrito a John Stuart Mill, para que este fizesse observações. John Stuart Mill leu o manuscrito e emprestou-o a um amigo. Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha certa noite, depois de lê-lo. Na manhã seguinte a empregada, procurando alguma coisa com a qual acender o fogo, encontrou a pilha de papéis soltos e, pensando que fossem rascunhos antigos, usou-os para acender o fogo. Aquilo que havia custado anos de trabalho a Carlyle era cinza agora!

Quando John Stuart Mill, branco como um lençol, relatou a devastadora notícia a Carlyle, este ficou tão atônito com sua perda que não conseguiu fazer nada durante semanas. Então um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo sua terrível perda, observou um pedreiro reconstruindo uma parede de tijolos. Pacientemente, o homem colocava tijolo sobre tijolo, enquanto assobiava uma alegre melodia.

"Pobre tonto", pensou Carlyle, "como pode estar tão alegre quando a vida é tão fútil?" Depois, repentinamente, teve outro pensamento. "Pobre tonto", disse ele de si mesmo, "você está aqui sentado junto à janela, queixando-se e lamentando, enquanto aquele homem reconstrói uma casa que durou gerações."

Levantando-se da cadeira, Carlyle começou a trabalhar no segundo rascunho da História da Revolução Francesa. Conforme seu próprio relato, e o daqueles que tiveram a oportunidade de ler ambas as versões da obra, a última foi bem melhor! A destruição de nossos queridos sonhos não precisa ser o fim do mundo. Pode ser o início de algo melhor!

Carlyle tem sido uma inspiração para muitos, no sentido de recomeçar depois de terem visto destruído o trabalho de sua vida. É improvável, entretanto, que o humilde pedreiro que deu a Carlyle a inspiração de começar de novo, tenha ficado sabendo que ele teve participação em recriar uma obra-prima literária.
Nosso inconsciente exemplo cristão pode ser exatamente o incentivo de que alguém precisa para superar um fracasso na vida.


"Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos" (Sal. 90:17).

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vestidos Como Ovelhas

O cristão sincero e verdadeiro precisa estar sempre bem informado de que pode haver no meio da Igreja obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias em que o Senhor Jesus esteve aqui. Aliás, Ele mesmo adverte que nem toda pessoa que professa Seu nome é um cristão verdadeiro. O fato é que nos dias atuais nem todo cantor ou escritor evangélico, missionário, pastor, reverendo, apóstolo, bispo, evangelista, presbítero, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
Esses tais obreiros que "exteriormente parecem justos aos homens" sempre aparecem em nosso meio "vestidos como ovelhas". Eles podem até mesmo ter uma mensagem com base na Bíblia e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino, e demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores.
No entanto, esses homens "ungidos" são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos, e aos fariseus no Novo Testamento. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se "à rapina e iniquidade" e eram "cheios de ossos mortos e de toda imundície" e de toda hipocrisia. Sua vida na intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas. Será que tem gente assim? Vamos acordar, povo de Deus!
Esses impostores sempre conseguem uma posição de influência na igreja (e no mundo). Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em Jesus. Mais tarde, por causa de seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a Cristo desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de Deus e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros de justiça. Outros falsos mestres e pregadores nunca foram cristãos verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades e gostam de aparecer. Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a autêntica obra de Cristo. Se forem descobertos e desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao Evangelho advirão disso e que o nome de Cristo será menosprezado publicamente.
Não estamos aqui querendo assustar ninguém. O problema é que nós crentes somos tidos por "bestas" que confiam em todo mundo e em tudo que nos falam. Precisamos apenas vigiar e conhecer a Bíblia. Bem nos avisou o Senhor que "os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz" (Lucas 16.8). Por isso devemos ser "prudentes como as serpentes e simples como as pombas" (Mateus 10.16).
Como, então, conhecer esses falsos mestres? Discernindo o caráter da pessoa; saber se essa pessoa tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma sincera devoção a Deus, se manifesta o fruto do Espírito, se ama mesmo os pecadores, se detesta o mal e ama a justiça e fala contra o pecado; se honra a Cristo; se conduz a igreja à santificação; se leva os perdidos a Jesus; se proclama e defende o evangelho de Cristo e dos seus apóstolos.
Enfim, devemos observar os frutos da vida e da mensagem dessa pessoa. Os frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Bíblia. Por isso devemos discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Essa pessoa crê e ensina que os escritos originais do Antigo e Novo Testamento são plenamente inspirados por Deus, e que devemos observar todos os seus ensinos? Caso contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de Deus.
E, finalmente, devemos verificar a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Essa pessoa recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de Deus conforme os padrões do Novo Testamento para obreiros cristãos? Ou tem muitas mansões, carros importados, aviões e iates, e milhões em ações e contas nos maiores bancos?
O fato é que apesar de tudo o que o cristão fiel venha a fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas, até que Jesus volte, não deixará de haver falsos mestres na Igreja, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que Deus os desmascare e revele aquilo que realmente são.
Deus nos guarde dos tais.
oblogdoadail.blogspot.com

sábado, 5 de novembro de 2011

Bill Schnoebelen, Um Vampiro Salvo Pela Fé em Cristo

Dentro do contexto da nova religião mundial, a qual já está agindo através da Nova Era, tudo pode acontecer. Como todas as religiões, a Nova Era tem os seus cultos separados, como galhos da árvore do Satanismo, e acaba criando novas aberrações antibíblicas. Uma dessas aberrações é a chamada Vampiromania, uma nova religião que já acontece nos USA e tem-se propagado pelo mundo inteiro, visto como "o mundo jaz no maligno".
Infelizmente, as pessoas que não conhecem a Bíblia e as que ainda não se entregaram a Jesus Cristo, através da graça da fé em o Seu sacrifício vicário na cruz do Calvário, podem ser facilmente capturadas nas armadilhas diabólicas de Satanás, o vampiro maior do inferno. Pertencer a uma religião espírita (ou a qualquer outra que não se embase exclusivamente na Bíblia) é estar a caminho do inferno, podendo, assim, tornar-se uma presa fácil do Vampiro Satanás.
Em vez de explicar com minhas próprias palavras o que pode acontecer no Brasil, vou citar um trecho do livro autobiográfico - "Lucifer Dethroned" (Lúcifer Destronado) - de 350 ps, (ps 123-124 e 262-267) do casal cristão evangélico, William e Sharon Schnoebelen (ele um sacerdote da Igreja Ortodoxa Americana), lançado pela Chick Publications, Califórnia, 1993. Leiam abaixo esse depoimento do casal Schnoebelen:
... Depois de ter sido iniciado no Satanismo, vejam o que me aconteceu.
Minha esposa Sharon e eu tínhamos uma capelinha particular no quarto dos fundos de nossa casa, com um altar de pedra, sob o qual havia uma relíquia de S. Francisco, que o Padre Daniel generosamente nos havia dado. Rezei outra ‘Missa do Espírito Santo’, buscando confirmação para o que estava fazendo... só que não estava totalmente preparado para o que aconteceu, quando celebrava a missa. Na hora da consagração do vinho, logo que pronunciei as palavras da instituição, aconteceu ao vinho exatamente o que se supunha que aconteceria e que jamais havia acontecido na realidade... O vinho transformou-se em sangue! sangue legítimo!
Tanto Sharon como a pessoa que estava ajudando na missa viram o cálice cheio de sangue. Sem saber o que fazer com o mesmo, terminei a missa e bebi apenas uma pequena quantidade daquele sangue, o suficiente para preencher as exigências do ritual.
O restante do líquido coloquei num viático especial de ouro, que havia trazido de um kit da minha Igreja, destinado ao transporte do sacramento até os enfermos.
Levei o viático ao meu bispo, que o analisou no laboratório do hospital local. A análise confirmou tratar-se de sangue humano, porém de um tipo absolutamente desconhecido. Logo imaginamos que se tratava do sangue de Cristo...
Infelizmente, depois desse acontecimento, comecei a sentir um prazer inusitado em corromper inocentes e a sexta pessoa que eu recrutei foi uma devota mulher católica, cheia de ingênua confiança... Foi especialmente agradável cometer adultério com ela, como se isso fizesse parte do ritual... Ao voltar ao meu próprio passado, vi nos estudantes católicos de Marquette um campo particularmente fértil para semear o satanismo... (ps 123-124)
... O "Apostolado Joanino", embora tendo se originado no que chamam hoje de Franco Maçonaria, supostamente levava os seus membros ao consumo de sangue e órgãos humanos, prometendo que isso iria prolongar-lhes a vida, eternamente. Diziam que o primeiro vampiro foi Lázaro, o qual Jesus ressuscitou dos mortos através de um poder oculto. Diziam ainda que a intenção de Jesus fora iniciar com Lázaro uma linha inquebrantável de sucessão apostólica [Mais uma crença aberrante, tipo a do Catolicismo Romano, sobre a sucessão apostólica de Pedro], como um sacerdócio oculto dentro do próprio sacerdócio católico. Essa irmandade dos vampiros foi cuidadosamente camuflada dentro dos sacerdócios romano e ortodoxo, como um segredo guardado até da maioria dos sacerdotes. [Como vemos, o Evangelho de João, que dá a maior ênfase à divindade de Cristo, foi torcido por alguns padres do Catolicismo Romano e Ortodoxo, no sentido de criar uma seita satânica dentro de um Cristianismo já deturpado. Como diz a Bíblia, "um abismo chama outro abismo". Dizia o falecido ex-padre jesuíta Alberto Rivera que Inácio de Loyola praticava ocultismo da pesada, levitando durante os seus "exercícios espirituais", o que, provavelmente, foi seguido pelos seus "filhos", os jesuítas.]
A pedra fundamental da existência e sobrevivência do culto satânico em nossos dias repousa sobre o rito católico da Missa/Eucaristia. Logo entendi que havia um estreito laço entre a Transubstanciação e o Vampirismo.
A partir de então, permiti que o meu corpo, através da injeção de algumas ervas especiais e de drogas, começasse a ter o seu apetite normal diminuído, à medida em que aumentava o meu desejo de ingerir sangue e também minha fobia à luz solar.
Finalmente, certa noite, o mentor do meu aprendizado permitiu-me beber um pouco do sangue de suas veias, quando, então, assumi o meu papel de vampiro. Passei a me satisfazer apenas com a ingestão de sangue, deixando outros tipos de alimento. E foi então, que, dentro de uma pequena capela, na penumbra à luz de velas, diante de ícones ortodoxos, compreendi a real significação da Transubstanciação.
Para que um vampiro sobreviva saudavelmente, ele precisa ingerir de sangue humano, diariamente, a mesma quantidade do alimento normal que costumava ingerir antes. Isso daria a média de todo o sangue de uma pessoa humana, em apenas dois dias, para evitar que o vampiro morra de fraqueza. Por isso é que apareceu a doutrina da Transubstanciação, na qual se consegue, sem grande esforço e com algumas palavras mágicas, a quantidade desejada do sangue de um jovem galileu de 33 anos...
Todos os membros do sacerdócio vampírico precisam ser, antes de nele ingressar, membros da Igreja Católica - Romana ou Ortodoxa - a fim de que possam, durante a liturgia, produzir o sangue sacramental necessário ao consumo de cada dia, mitigando, assim, a sua sede. Daí por que as missas são rezadas diariamente, a não ser que o sacerdote esteja muito doente. O vinho realmente transformado em sangue nas celebrações ocultistas provê as necessidades dos vampiros religiosos, evitando que eles precisem sair às ruas, atacando as pessoas.
Com o passar do tempo, vi-me dependendo exclusivamente da celebração da missa, usando também o sangue de alguns membros voluntários de minha capela. Em seguida, aprendi que deveria ter um caixão na base do altar, a fim de nele repousar e restaurar minhas forças, nas horas mais agitadas do dia. Sobre esse caixão eu celebrava as missas. Aprendi também a usar relíquias de ossos ou outras peças de santos mortos, como acontece nos altares das grandes catedrais católicas, tradição que vem da época do culto celebrado pelos sacerdotes vampiros.
Aprendi outras liturgias, principalmente a de S. João Crisóstomo, muito usada nas igrejas ortodoxas. Lá eram celebradas missas realmente na intenção do Conde Vlad Drácula e de outros "santos" do Vampirismo. Essas celebrações eram todas copiadas do Catolicismo Romano e Ortodoxo, com a diferença de que Drácula e outros vampiros eram mais exaltados do que Jesus e Maria.
Esses hábitos começaram a se espalhar, cada vez mais depressa, entre os nossos companheiros. Eles atraíam mais as mulheres do que os homens, talvez porque os homens temiam perder a sexualidade, se franqueassem o sangue aos vampiros. Infelizmente, dois casamentos terminaram por causa do Vampirismo sobre os maridos de dois casais. Isso porque há prazer, tanto em sugar como em doar sangue a um vampiro.
Para "iniciar" duas sacerdotisas no culto dos vampiros, primeiro eu tive de celebrar a "Missa de São Vlad", na qual é usado um rum especial, em lugar do vinho tinto. O rito da comunhão consiste numa blasfema paródia do que aconteceu a Cristo na cruz. Primeiro, eu tinha de sugar o sangue do pescoço de cada candidata, até que ela desmaiasse de fraqueza. Isso para que, supostamente, fossem transmitidas ao seu corpo as enzimas demoníacas, que iriam transformá-la numa sacerdotisa vampira.
A missa terminou quando o rum, supostamente transformado no sangue de Drácula, foi aquecido. Então invoquei o nome de Drácula, a fim de que ele viesse receber e abençoar a criação de suas duas novas filhas.
Acreditávamos que depois da morte, eu e minhas filhas iniciadas, ressuscitaríamos como vampiros legítimos. Então viveríamos durante séculos, não como vampiros pela metade, mas como legítimos vampiros da linha de Drácula.
Certo dia, quando uma última candidata estava sendo "iniciada", aconteceu algo extraordinário. Sugamos o sangue um do outro, como sempre. Mas no final do ritual, quando eu estava invocando Vlad, com o cálice cheio de rum, acendi o fogo mais do que o necessário. Mesmo que o rum fosse igual aos outros, a chama subiu muito, avermelhando, assustadoramente, todo o ambiente, como jamais havia acontecido.
A partir de então, o meu desejo sexual foi inteiramente substituído por uma verdadeira fixação por sangue. Eu passava a maior parte do tempo na capela, fazendo meus deveres católicos, e detestava sair à luz, enquanto minha visão noturna ia se aguçando cada dia mais. Sentia-me cada vez mais forte, quando ingeria sangue. [Certo dia], quando tentei doar sangue, informaram que o meu tipo sangüíneo havia mudado, o que me pareceu realmente estranho. Fiquei completamente fascinado por filmes de horror e me escondia o dia inteiro nos cinemas, esperando que escurecesse, a fim de voltar para casa. Minha existência ia ficando cada dia mais estranha.
Com o tempo, notei que o vinho da comunhão já não era suficiente, pois minha ânsia de sangue ia sempre aumentando. Às vezes precisava celebrar mais de uma missa diária. Minhas fantasias tornaram-se violentas e senti necessidade de procurar mais de seis mulheres, ou então bruxas, que se tornassem minhas doadoras. Até que um dia fui longe demais com uma sacerdotisa, da qual suguei tanto sangue que ela desmaiou e parecia ter morrido. Felizmente, quando ela voltou a si, contou que havia tido uma bela experiência mística e foi embora, ignorando o que realmente lhe havia acontecido.
Fiquei aterrorizado. Minhas saídas à noite para o meu jornal em Milwawkee, tornaram-se uma tortura, pois via aquelas prostitutas na rua e tinha vontade de voar nos seus pescoços, como se fosse um leão atacando uma gazela. Sabia que era apenas uma questão de tempo, até que eu perdesse totalmente o controle da situação. Lembrei-me das moças que apareciam mortas em circunstâncias desconhecidas. E temi chegar ao extremo de sair pela noite, assassinando pessoas.
Graças a Deus senti-me culpado e compreendi que estava dentro de um círculo vicioso, o qual só poderia acabar em morte, insanidade mental ou prisão. E foi nesse período de desespero que o Senhor Jesus Cristo entrou em minha vida. Jesus Cristo pode salvar o mais horrendo e viciado de todos os pecadores, pois Ele me salvou! (ps 262-267).
Glória ao Nome de Jesus, nosso Deus e grande Salvador!!! Lendo este relato de alguém que já foi um vampiro moderno, temo que dentro em breve apareçam alguns "vampiros pela metade", andando pelas tuas das cidades brasileiras, Porque agora a Vampiromania está aumentando e, por mais esdrúxulas que sejam as modas, os jovens sempre gostam de segui-las. Prova disso, é vermos uma porção de garotos (e também adultos) usando brincos. E o que dizer das moças da classe média que preferem usar calças jeans remendadas e até furadas, cheias de penduricalhos ridículos, em vez de boas calças de lã sintética, relativamente mais baratas e muito, muito mais bonitas? O pior é que as esposas de alguns pastores aderiram à minissaia e logo estarão usando, também, essas calças rasgadas. E se esses pastores forem malaquianos/neopentecostais, certamente vão aproveitar a mendicante aparência de suas esposas para arrancar mais dinheiro dos analfabetos bíblicos, mostrando a "pobreza" da indumentária de suas "caras-metades".
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Religião: Para Que Preciso Disso ?

"A religião é um suporte para aqueles que não têm força suficiente para aguentar as pressões da vida". "Eu não sinto necessidade de religião, minha vida vai muito bem como está". "Por que você não pode encontrar forças em si mesmo para lutar?" Declarações como estas são pronunciadas frequentemente em nossa sociedade. As pessoas não refletem tanto uma atitude de agressão ao cristianismo, mas quase que um sentimento de indiferença a qualquer relevância pessoal do mesmo para suas vidas. Além da indiferença existe um elemento de perplexidade sobre a ênfase que o cristianismo dá à idéia de "graça" e atividade religiosa. Frequentemente ouvimos das pessoas: "Não sei por que não posso agradar a Deus vivendo apenas uma vida boa, fazendo meu dever como cidadão responsável, evitando atos criminosos graves, e sendo bom para o meu próximo. Por que preciso ser religioso? Por que devo agir piedosamente, com expressões de arrependimento e oração, e todos os movimentos "religiosos" certos?"
O humanismo como um "ismo" se manifesta sob formas diversas. Todas as suas formas, porém, enfatizam bastante o valor de virtudes humanas como honestidade, industriosidade, justiça, caridade e outras, caso elas sejam exaltadas como pré-requisitos para o bem-estar geral da humanidade. O humanista irá envolver-se frequentemente em atos heróicos de auto-sacrifício a fim de avançar a causa da dignidade e liberdade humanas. Em certos pontos é fácil confundir o cristianismo com o humanismo porque o primeiro também se ocupa profundamente dos valores, virtude e bem-estar dos homens. O ponto básico de diferença, porém, está nas respectivas avaliações da capacidade moral do ser humano. O humanista reconhece a imperfeição deste. Ele sabe que as pessoas são capazes de cometer toda sorte de atos cruéis e atrozes, permanecendo, todavia convencido de que o mal é apenas um defeito que marca o exterior do homem, confiando em que o coração do mesmo é basicamente bom. Enquanto o indivíduo mantiver um certo padrão de virtude, não precisará depender de recursos religiosos para desculpar sua falha em adquirir essas virtudes. A autodisciplina e o esforço são requeridos em lugar de uma atitude piedosa de oração e jejum. "Deus ajuda os que se ajudam" é o refrão do humanista.
O conflito entre o cristianismo e o humanismo dá-se em relação aos padrões finais. O cristianismo não avalia a performance da humanidade baseado na média nacional ou num denominador comum baixo de comportamento humano. A bondade não é definida pela estatística normal. O cristianismo afirma que o homem normal é o homem decaído. O padrão de bondade é encontrado na santidade de Deus. O cristianismo leva a sério o mandamento divino: "Sede santos, porque eu sou santo" (Levítico 14.44; 1Pedro 1.16). O papel do homem como portador da imagem de Deus traz consigo uma pesada responsabilidade moral que não pode ser neutralizada por um padrão relativo de bondade.
Se perguntarmos por que é necessário que a graça seja o centro da vida cristã, a resposta é muito simples: O homem é moralmente incapaz de conseguir entrar no Reino de Deus por seus próprios meios. Ele não é bom o bastante para merecer uma relação eterna com Deus.
O Novo Testamento torna perfeitamente claro que nossos mais nobres esforços de auto-reforma ou virtude humana ficam muito aquém daquilo que a santidade de Deus exige. O apóstolo Paulo estabelece isso decisivamente quando declara: "Ninguém será justificado diante dele (de Deus) por obras da lei" (Romanos 3.20).
Quer dizer, o Novo Testamento não somente esclarece que nossos frágeis esforços no sentido de sermos justos não correspondem às exigências da lei, mas também acrescenta a idéia radical de que somos moralmente incapazes de fazer o que Deus requer. Este é um "ensinamento duro". A Bíblia diz, em essência, que não conseguimos fazer aquilo que é exigido de nós. Por quê? "Porque a velha natureza pecaminosa dentro de nós está contra Deus. Ela nunca obedeceu às leis divinas e nunca o fará. é por essa razão que nunca podem agradar a Deus aqueles que ainda estão sob o controle de sua própria natureza pecaminosa, inclinados a seguir seus antigos desejos malignos" (Romanos 8.7,8). O Novo Testamento descreve-nos como sendo "carne" pela nossa natureza. Essa condição carnal envolve uma fraqueza moral tão grande que não conseguimos fazer o que Deus exige. Nascemos em estado de corrupção e compartilhamos da responsabilidade do mesmo. Todavia, não somos decaídos por causa do que fizemos, mas pelo que Adão fez por nós. Isto apresenta o problema teológico espinhoso do que chamamos de "culpa alheia", levantando uma nova pergunta: por que Deus considera-me responsável por algo que outra pessoa fez muito antes do meu nascimento? Como um Deus justo pode agir assim?
Estes são pontos difíceis de tratar com brevidade, mas um exame superficial do problema pode oferecer algumas diretrizes úteis para nossa reflexão. Posso compreender, até certo ponto, que a lei me considere responsável por atos praticados por outrem. Se eu entrar num acordo com um assassino alugado para matar alguém, posso ser acusado de homicídio em primeiro grau. Embora minhas mãos jamais toquem a arma e eu esteja bem longe da cena do crime, sou tido como culpado como se tivesse puxado pessoalmente o gatilho. Sou responsável pelo que meu representante contratado fez por mim.
O cristão acredita que o homem é decaído mas permanece livre para agir segundo a sua disposição. Em vista de esta ser corrupta, falta ao ser humano capacidade moral para obedecer a Deus. Só através de graça essa criatura decaída tem condições de ser restaurada e remida. Sem essa graça, os esforços para atingir a perfeição moral estão destinados ao fracasso.
O conceito de liberdade do humanista difere por completo do ponto de vista do cristão. As noções de liberdade humanísticas tendem a considerar o coração do homem como moralmente neutro. Noutras palavras: Quando confrontado por uma decisão moral, tenho capacidade para agir bem ou não. Não existe uma predisposição que controle minha escolha no sentido de fazer o bem ou o mal. Minhas preferências são absolutamente espontâneas. Segundo o humanista, a pre-disposição destroi a liberdade. De acordo com o cristianismo, a ausência de pre-disposição destruiria a liberdade.
Por que a graça é necessária? Para a libertação e reconciliação com Deus. Sem ela eu continuo decaído e devo enfrentar o juízo de Deus com base em minhas próprias obras.
A idéia de um julgamento final não é popular em nossa cultura. A pregação do inferno, fogo e danação não está mais na moda. Prevalece hoje a idéia de que tudo o que temos a fazer para entrar no Reino de Deus é morrer. Deus é visto como tão "amoroso" que não se importa demasiado em que cumpramos ou não a sua lei. A lei serve para guiar-nos, mas se tropeçarmos e cairmos, nosso "avô celestial" apenas piscará o olho e dirá: "As crianças nunca deixarão de ser crianças". Esperamos que Deus olhe para nós, pisque e sorria com tolerância, afirmando: "Ninguém é perfeito".
Enfrentamos o problema da imunidade ao que é santo em virtude de nossa familiaridade com o pecado. Desde que somos todos imperfeitos, consideramos essa imperfeição como importante. Temos a esperança de que se Deus vier a responsabilizar-nos pelas nossas vidas, Ele irá com certeza avaliar-nos numa escala em curva. Nossos pecados são muitos, mas não os consideramos graves demais, e Deus não iria certamente castigar-nos por causa deles. Essas suposições são tanto perigosas como imprudentes. Uma das razões para não percebermos a enorme necessidade da graça é porque operamos com um sistema de valores totalmente diverso daquele de Deus. Suponhamos que nos peçam para estabelecer 10 leis supremas pelas quais governar um país. Quantos de nós incluiríamos na lista uma ordem absoluta para honrar o país? Quantos incluiriam uma lei contra cobiçar a propriedade alheia? Quantos pensariam em acrescentar uma proibição firme contra o uso do nome de Deus em vão? Nossas prioridades e valores simplesmente não se comparam aos de Deus.
Embora a graça de Deus seja abundante e verdadeiramente espantosa, embora a mesma seja liberalmente concedida e majestosa em seu propósito, ela jamais deve tomada como certa. Nada exige que Deus seja gracioso, nem mesmo o Seu amor. Se a graça for obrigatória deixará automaticamente de ser graciosa. Se a merecermos, não será mais graça. Se Deus sentir-se constrangido a dá-la, não mais constituirá graça. Quando pensamos que Deus deve ser gracioso, confundimos graça com justiça. O maior erro que poderíamos cometer seria pensar que Deus nos "deve" de alguma forma a Sua graça. Quando começamos a refletir desse modo, está na hora de examinar de novo a lei. Uma vez que me rebele contra Deus, Ele nada me deve. Eu necessito desesperadamente da Sua graça e certamente perecerei sem ela, mas jamais posso exigir que Deus me conceda a mesma.
Amigo, não precisamos realmente ser religiosos no sentido de usar certas roupagens ou certos clichês religiosos, ou colocando no rosto um sorriso adocicado permanente, como certas pessoas "religiosas" que todos conhecemos, sejam católicos ou evangélicos. É necessário, porém, sermos religiosos quanto a depender plenamente da graça de Deus e empregar com diligência os meios da graça que Ele nos concede. O arrependimento e a fé não são opções desnecessárias para Deus. A Sua graça vem quando a pedimos. Para quem experimentou a graça do perdão, esses pedidos se tornam oportunidades para manifestações de gratidão. Nossa resposta à graça é obediência. O motivo da obediência não é entrar no Reino mas honrar o Rei que já nos garantiu acesso ao Seu Reino.
Realmente, você pode não precisar de religião, mas precisa de JESUS CRISTO.
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